No rastro dos mbangalas
revisitando as fontes coloniais e a historiografia, século XVII e além
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i71.60706Palavras-chave:
Imbangala, Jaga, Kinguri, Kasanje, LundaResumo
Este artigo discute a composição dos grupos de guerreiros mbangalas que habitavam a África Centro-Ocidental entre os séculos XVII e XVIII, diferenciando-os de outros grupos de guerreiros nômades, como os jagas que invadiram o Kongo no século XVI. O artigo procura problematizar os diversos usos do termo “jaga” pelos luso-africanos e sua adoção pelos líderes mbangalas como um título militar e de nobreza. Por fim, este artigo analisa as tradições orais sobre o “êxodo de Kinguri” e sua queda como narrativa histórica sobre os “imbangalas de Kasanje”, procurando diferenciá-los dos demais grupos de mbangalas espalhados pelo interior da África Centro-Ocidental. A queda do “êxodo de Kinguri” deixou um enorme vácuo na historiografia e comprometeu a cronologia previamente estabelecida para importantes unidades políticas da África Central. Este episódio serve de alerta a historiadores africanistas sobre os riscos em validar tradições orais como eventos históricos sem um profundo conhecimento sobre sua gênese.
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