“Bahia Pelô Negro”
pode o subalterno (sujeito da racialidade) falar?
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i71.66148Palavras-chave:
Brasil, Política Cultural, Exterioridade, Globalidade, RepresentaçãoResumo
Este artigo revisita o tema da representação examinando a relação entre diferença e transparência. Argumento que a atual assimilação do multiculturalismo e da diversidade marca a “oficialização” da política da diferença dos anos 1980, que reformulou proposições anteriores de diferença racial e cultural sem alterar suas premissas ontológicas. Por meio de uma leitura das letras do Bloco Olodum do Carnaval de 1988, traço a articulação dos significantes da africanidade, como marcadores da diferença cultural, que inscreve o negro brasileiro como sujeito subalterno sem produzir uma versão particular de um (auto)transparente (interior/temporal) sujeito africano. A estratégia interpretativa que emprego não mostra apenas como uma atenção ao papel do conhecimento científico social na produção do sujeito moderno (pós-iluminismo) é crucial para uma crítica da noção de diferença, que informa os princípios globais do multiculturalismo e da diversidade. Mais importante é também indicar por que a lógica da exclusão, a explicação predominante da sujeição social, foi adicionada ao arsenal da sujeição racial.
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