Estacionamentos rotativos, expansão dos serviços financeiros e fintechs
ação da empresa Estapar e novos usos do território
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v17i2.46489Palavras-chave:
Estacionamentos rotativos, Financeirização, Hipercapilaridade das finanças, Território usadoResumo
O atual estágio de desenvolvimento das tecnologias da informação permite o crescimento exponencial das transações financeiras realizadas por meios digitais. O presente trabalho tem como objetivo discutir teoricamente, a partir de trabalhos acadêmicos nacionais e internacionais, sobre fintechs e bancos digitais, além de problematizar a expansão dos serviços financeiros e das finanças digitais pelo território brasileiro. Nossa metodologia consiste no levantamento de dados secundários, quantitativos e qualitativos, obtidos através de artigos científicos e relatórios sobre o tema. Desta forma, buscaremos interpretar quais são os impactos territoriais dos processos de digitalização financeira sobre diferentes usos do território. Assim, nossa base empírica de análise consiste na atuação da empresa de estacionamento rotativo Estapar no estado de São Paulo. Conclui-se que esta empresa se encontra inserida no processo de expansão dos serviços financeiros e das novas formas de pagamento digital.
Downloads
Referências
ALLPARK EMPREENDIMENTOS, PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS S.A. ITR – Informações Trimestrais - 30/06/2021. [s.l.] :[s.n.], 2021. Disponível em: https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/7b596c0f-b173-4777-8aab-9e6cc0a43c97/0a56a908-42cc-b576-12a1-1a47ed748e3c?origin=1. Acesso em 22 set. 2021.
ARSLANIAN, H.; FISCHER, F. The emergence of Techfin. In: ARSLANIAN, H.; FISCHER, F. The Future of Finance: The impact of fintech, AI, and crypto on financial service. Editora Palgrave Macmillan, 2019. p. 69-75.
BCB - BANCO CENTRAL DO BRASIL. Fintechs de crédito e bancos digitais. Estudo Especial, n. 89, 2020.
BERTOLLO, M. A capilarização das redes de informação no território brasileiro pelo smartphone. 2019. 241f. Tese (Doutorado em Geografia) - Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
BID. Fintech - América Latina 2018: Crescimento e consolidação. Washington: BID; Finnovista, 2018. Disponível em: https://publications.iadb.org/pt/fintech-america-latina-2018-crescimento-e-consolidacao. Acesso em 06 set. 2021.
CASTILLO, R.; FREDERICO, S. Espaço geográfico, produção e movimento: uma reflexão sobre o conceito de circuito espacial produtivo. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 22, n. 3, p. 461-474, 2010.
CETIC - CENTRO REGIONAL DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO. TIC Domicílios 2020. São Paulo: CETIC, 2021. Disponível em: https://cetic.br/media/analises/tic_domicilios_2020_coletiva_imprensa.pdf. Acesso em 07 set. 2021.
CHESNAIS, F. Mundialização: o capital financeiro no comando. Revista Outubro, São Paulo, n. 5, p. 7-28, 2000.
CHESNAIS, F. O capital portador de juros: acumulação, internacionalização, efeitos econômicos e políticos. In: CHESNAIS, F. A Finança Mundializada: raízes sociais e políticas, configuração, consequências. São Paulo: Boitempo, 2005. p. 35-67.
CONTEL, F. B. Território e Finanças: Técnicas, normas e topologias bancárias no Brasil. 2006. 323f. Tese (Doutorado em Geografia) - Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
CONTEL, F. B. Fintechs e bancos digitais no Brasil. In: GOMES, M. T. S.; TUNES, H.; OLIVEIRA, F. G. de (Orgs). Geografia da Inovação: território, redes e finanças. Rio de Janeiro: Editora Consequência, 2020. p. 469-488.
CREUZ, V. División financiera del trabajo en sistemas de pagos en Argentina y Brasil. Revista Geografica Venezolana, Mérida, v. 60, n. 2, p. 430-445, 2019.
DARDOT, P.; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.
FINTECHLAB. Radar Fintechlab, 2020. Disponível em: https://fintechlab.com.br/index.php/2020/08/25/edicao-2020-do-radar-fintechlab-detecta-270-novas-fintechs-em-um-ano/. Acesso em 05 set. 2021.
GABOR, D.; BROOKS, S. The digital revolution in financial inclusion: international development in the fintech era. New Political Economy, v. 22, n. 4, p. 423-436, 2016.
GERBELLI, L. G. Pandemia acelera digitalização e bancos acirram briga por clientes. G1. 10 de jul. de 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/10/pandemia-acelera-digitalizacao-e-bancos-acirram-briga-por-clientes.ghtml. Acesso em 08 set. 2021.
HARVEY, D. O Novo Imperialismo. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.
KAHIL, S. P. Psicoesfera: uso corporativo da esfera técnica do território e o novo espírito do capitalismo. Estudos Geográficos, v. 10, n. 2, p. 10-25, 2013.
KENNEY, M. ZYSMAN, J. The platform economy: restructuring the space of capitalist accumulation. Cambridge Journal Of Regions, Economy and Society, v. 13, n. 1, p. 55-76, 2020.
LAI, K. P. Y.; SAMERS, M. Towards an economic geography of FinTech. Progress in Human Geography, v. 45, n. 45, p. 720-739, 2020.
LANGLEY, P.; LEYSHON, A. The platform political economy of FinTech: reintermediation, consolidation and capitalisation. New Political Economy, v. 26, n. 3, p. 376-388, 2020.
MANOCCHIO, F. G. S.; COSTA, B. M. R.; GALLO, F. Desdobramentos territoriais da hipercapilaridade dos serviços financeiros digitais: o pagamento automático de pedágios no Brasil. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, v. 41, n. 1, 2021.
MONTENEGRO, M. R. Da financeirização ao lugar: dos nexos hegemônicos às contra-racionalidades do cotidiano. GEOgraphia, Niterói, v. 19, n. 40, 2017.
PESSANHA, R. M. Inovação, financeirização e startups como instrumentos e etapas do capitalismo de plataformas. In: GOMES, M. T.; TUNES, R.; GODINHO F. (Org.). Geografia da Inovação: Território, redes e finanças. Rio de Janeiro: Editora Consequência, 2020. p. 433-468.
SADOWSKI, J. When data is capital: datification, accumulation, and extraction. Big Data & Society, v. 6, n. 1, p. 1-12, 2019.
SANTOS, M. Os circuitos espaciais da produção: um comentário. In: SANTOS, M.; SOUZA, M. A. A. de (Org.). A Construção do Espaço, São Paulo: Nobel, 1986. p. 121-134.
SANTOS, M. O Retorno do Território. In: SANTOS, M.; SOUZA, M. A. A. de; SILVEIRA, M. L. Território: Globalização e Fragmentação. São Paulo: Hucitec, 1994. p. 15-20.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à razão universal. 6ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, M. A Natureza do Espaço: Técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2002.
SANTOS, M. Técnica, Espaço e Tempo: Globalização e meio técnico-científico-informacional. 5. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.
TOZI, F. As novas tecnologias da informação como suporte à ação territorial das empresas de transporte por aplicativo no Brasil. In: COLOQUIO INTERNACIONAL DE GEOCRÍTICA, 15., Barcelona, 2018. Las ciencias sociales y la edificación de una sociedad post-capitalista, Proceedings... Barcelona, 2018.
VIDEIRA, S. L. Fintechs- novos atores das finanças contemporâneas: um olhar geográfico. Entre-Lugar, v. 11, n. 21, p. 261-284, 2020.
WÓJCIK, D. Financial Geography I: Exploring FinTech - Maps and concepts. Progress In Human Geography, v. 45, n. 3, p. 566-576, 2020a.
WÓJCIK, D. Financial Geography II: The Impacts of FinTech - Financial sector and centres, regulation and stability, inclusion and governance. Progress In Human Geography, v. 45, n. 4, p. 878-889, 2020b.
ZOOK, M. A. BLANKENSHIP, J. New spaces of disruption? The failures of Bitcoin and the rhetorical power of algorithmic governance. Geoforum, v. 96, p. 248-255, 2018.
ZUBOFF, S. A Era do Capitalismo de Vigilância. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).