O debate da escala na Geografia Anglófona
temas, abordagens e conteúdos
DOI:
https://doi.org/10.9771/geo.v0i1.65487Palavras-chave:
Escala geográfica, Construção social da escala, Políticas de EscalaResumo
O presente artigo objetiva recuperar alguns textos, conteúdos e discussões importantes sobre a escala, focalizando e organizando os densos, propositivos e mais recorrentes debates da literatura anglófona. Esses debates se concentram na natureza ontológica ou epistemológica da escala, propugnando a ideia de construção social da escala e erigindo a noção de políticas de escala. Pretende-se contribuir para a introdução e a difusão do potente debate anglófono no contexto geográfico brasileiro, valorizando a sua dimensão política e oferecendo um campo fértil de possibilidades para investigarmos as formas de espacialidade das sociedades.
Downloads
Referências
ADAMS, Paul C. Protest and the scale politics of telecommunications. Political Geography, v. 15, n. 5, p. 419-441, 1996.
AGNEW, John. Representing space: space, scale and culture in social science. In: DUNCAN, J.; LEY, D. (Org.). Place, culture, representation. London: Routledge, 1993. p. 251-271.
AGNEW, John. The dramaturgy of horizons: geographical scale in the ‘reconstruction of Italy’ by the new Italian political parties 1992-95. Political Geography, v. 16, n. 2, p. 99-121, 1997.
BAHIANA, Luis Cavalcanti da Cunha. Contribuição ao estudo da questão da escala na geografia: escalas em geografia urbana. 1986. 200 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1986.
BLAKEY, Joe. The politics of scale through Ranciere. Progress in Human Geography, v. 45, n. 4, p. 623-640, 2020.
BRENNER, Neil. State territorial restructuring and the production of spatial scale: urban and regional planning in the Federal Republic of Germany, 1960-1990. Political Geography, v. 16, n. 4, 273-306, 1997.
BRENNER Neil. The limits to scale? Methodological reflections on scalar structuration. Progress in Human Geography, v. 25, n. 4, p. 591-614, 2001.
CASTRO, Iná Elias de. O problema da escala. In: CASTRO, I. E. et al. (Org.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 117-140.
CHAPURA, Mitch. Scale, causality, complexity and emergence: rethinking scale’s ontological significance. Trans Inst Br Geogr, n. 34, p. 462-474, 2009.
COELHO NETO, Agripino Souza. A trama das redes socioterritoriais no espaço sisaleiro da Bahia. 2013. 428 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.
COELHO NETO, Agripino Souza. Políticas de escala e a conformação de estratégias-rede das ações coletivas no espaço sisaleiro da Bahia. GEOgraphia, Niterói, v. 19, n. 41, p. 40-53, 2017.
COELHO NETO, Agripino Souza. A Geograficidade das Ações Coletivas: Rede, Política de Escalas e Territorialidade. Rio de Janeiro: Consequência, 2021.
CORRÊA, Roberto Lobato. Sobre agentes sociais, escala e produção do espaço. In: CARLOS, A. F. et al. (Org.). A produção do espaço urbano: agentes, processos, escalas e desafios. São Paulo: Contexto, 2011. p. 41-51.
CORREA, Roberto Lobato. Diferenciação socioespacial, escala e práticas espaciais. Cidades, Presidente Prudente, v. 4, n. 6, p. 61-72, 2007.
COX, Kevin e MAIR, Andrew. From localised social structures to localities as agents. Environment and Planning A, v. 23, n. 2, p. 197-214, 1991.
COX, Kevin R. Spaces of dependence, spaces of engagement and the politics of scale, ore looking for local politics. Political Geography, v. 17, n. I, p. l-23, 1998.
DAVIDOVICH, Fany. Escalas de urbanização: uma perspectiva geográfica do sistema urbano brasileiro. Revista Brasileira de Geografia, v. 40, n. 1, p. 51-82, 1978.
DELANEY, David; LEITNER, Helga. The political construction of scale. Political Geography, v. 16, n. 2. p. 93-97, 1997.
EGLER, Claudio Antonio G. As escalas da economia: uma introdução à dinâmica territorial da crise. Revista Brasileira de Geografia, v. 53, n. 3, p. 229-245, 1992.
GRANDI, Matheus da Silveira. Problematizações contemporâneas sobre a escalaridade: forma, natureza e organização das escalas geográficas. GEOgraphia, Niterói, v. 23, n. 50, p. 1-18, 2021.
GRANDI, Matheus da Silveira. Escala e Geografia: politização da escala geográfica e luta no movimento sem-teto. Rio de Janeiro: Consequencia, 2023.
HAESBAERT, Rogério. Escalas espaço-temporais: uma introdução. Boletim Fluminense de Geografia, ano 1, n. 1, p. 31-51, 1993.
HAESBAERT, Rogério. Territórios Alternativos. São Paulo: Contexto, 2002.
HARVEY, David. Espaços da esperança. São Paulo: Loyola, 2000.
HEROD, Andrew. The production of scale in US labour relations. Area, v. 23, n. 1, p. 82-88, 1991.
HEROD, Andrew. Labor’s spatial praxis and the geography of contract bargaining in the US east coast longshore industry, 1953-89. Political Geography, v. 16, n. 2, p. 145-169, 1997.
HEROD, Andrew. The geostrategics of labor in post-cold war eastern Europe. In HEROD, A. (Ed.). Organizing the landscape: geographical perspectives on labor unionism, Minneapolis, MN: University of Minnesota Press, 1998, p. 45-74.
JONAS, Andrew E. G. The scale politics of spaliality. Society and Space, v. 12, n. 3, p. 257-264, 1994.
JONES, Katherine T. Scale as epistemology. Political Geography, v. 17, n. 1, p. 25-28, 1998.
LEITNER, Helga. Reconfiguring the spatiality of power: the construction of a supranational migration framework for the European Union. Political Geography, 16, n. 2, 123-44, 1997.
MARSTON, Salie; JONES, John Paul; WOODWARD, Keith. Human geography without scale. Transactions of the Institute of British Geographers, n. 30, p. 416-32, 2005.
MARSTON, Salie. The social construction of scale. Progress in Human Geography, v. 24, n. 2, p. 219-242, 2000.
MELAZZO, Everaldo Santos; CASTRO, Cloves Alexandre. A escala geográfica: noção, conceito ou teoria? Terra Livre, Presidente Prudente, ano 23, v. 2, n. 29, p. 133-142, Ago.-Dez./2007.
MILLER, Byron. Political empowerment, local-central state relations, and geographically shifting political opportunity structures. Political Geography, v. 13, n. 5, p. 393-406, 1994.
MOORE, Adam. Rethinking scale as a geographical category: from analysis to practice. Progress in Human Geography, v. 32, n. 2, p. 203-225, 2008.
PAASI, Anssi. Deconstructing regions: notes on the scales of spatial life. Environment and Planning A, v. 23, n. 2, p. 239-256, 1991.
PECK, Jamie. Economías políticas de escala: políticas rápidas, relaciones interescalares y workfare neoliberal. In: FERNÁNDEZ, V. R.; BRANDÃO, C. Escalas y políticas del desarrollo regional: desafíos para América Latina. Buenos Aires / Madrid: Miño y Dávila, 2010. p. 77-120.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.
SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. São Paulo, Edusp, 2005.
SANTOS, Renato Emerson Nascimento dos. Movimentos sociais e geografia: sobre a(s) espacialidade(s) da ação social. Rio de Janeiro: Consequência, 2011.
SILVEIRA, María Laura. Escala geográfica: da ação ao império? Terra Livre, Goiânia, ano 20, v. 2, n. 23, p. 87-96, Jul.-Dez., 2004.
SMITH, Neil. Desenvolvimento desigual: Natureza, Capital e a produção de espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988 [1984].
SMITH, Neil. Contours of a spatialized politics: homeless vehicles and the production of geographical scale. Social Text, v. 33, p. 55-81, 1992.
SMITH, Neil. Homeless/global: scaling places. In: BIRD, J. et al (Org.). Mapping the Futures: Local Cultures, Global Change). London and New York: Routledge, 1993.
SMITH, Neil. Remaking scale: competition and cooperation in prenational and postnational Europe. In: ESKELINEN, H. and SNICKARS, F. (Ed.). Competitive European peripheries. Berlin: Springer, 1995, p. 59-74.
SMITH, Neil. The satanic geographies of globalization: uneven development in the 1990s. Public Culture, v. 10, n. 1, p. 169-192, 1997.
SMITH, Neil. Geografía, diferencia y las políticas de escala. Terra Livre, São Paulo, ano 18, n. 19, p. 127-145, jul./dez., 2002.
SMITH, Neil. Uneven Development: Nature, Capital, and the Production of Space. Third Edition. London: The University of Georgia Press, 2008.
SOJA, Eduard, W. Geografias Pós-Modernas: a reafirmação do espaço na teoria social crítica. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Editor, 1993 [1989].
SOUZA, Marcelo L. Mudar a cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
SOUZA, Marcelo L. A prisão e a ágora. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
SOUZA, Marcelo Lopes de. Os conceitos fundamentais da Pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.
SWYNGEDOUW, Erik. The Mammon quest: ‘Glocalisation’, interspatial competition and the monetary order: the construction of new scales. In: DUNFORD, M. and KAFKALAS, K. (Ed.). Cities and regions in the new Europe. London: Belhaven Press, 1992, p. 39-68.
SWYNGEDOUW, Erik. Excluding the other: the production of scale and scaled politics. In: LEE, Roger and WILLS, Jane (Ed.). Geographies of economies. London: Arnold, 1997. p. 551-581.
SWYNGEDOUW, Erik. Globalisation or ‘glocalisation’? Networks, territories and rescaling. Cambridge Review of International Affairs, v. 17, n. 1, p. 25-48, 2004.
SWYNGEDOUW, Erik. Globalización o glocalización? Redes, territórios y reescalamiento. In: FERNÁNDEZ, V. R.; BRANDÃO, C. (Org.). Escalas y políticas del desarrollo regional: desafíos para América Latina. Buenos Aires / Madrid: Miño y Dávila, 2010. p. 47-75.
TAYLOR, Peter J. A materialist framework for political geography. Transactions of the Institute of British Geographers, v. 7, n. 1, p. 15-34, 1982. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/621909. Acesso em: 02 mai. 2024.
TAYLOR, Peter J. Political Geography: World Economy, Nation State and Locality. 3rd edn. Hadow: Longman, 1993.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o artigo simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Creative Commons CC BY que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados. Ver o resumo da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Ver o texto legal da licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Consulte o site do Creative Commons: https://creativecommons.org/licenses/?lang=pt
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).