Abordagens Epistêmicas que Influenciam Estudos sobre Governança Pública em Saúde no Brasil

Autores

  • Luiz Claudio de Camargo Moureau UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.9771/rcufba.v15i0.55429

Palavras-chave:

Abordagens epistêmicas

Resumo

O presente ensaio teórico tem por objetivo, analisar as abordagens epistêmicas dominantes sobre governança pública, e como se encontra a governança em saúde pública no Brasil. Trouxemos o entendimento sobre governança pública, destacamos como se deu a gênese e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), e o conceito de governança, conforme preconiza o Tribunal de Contas da União (TCU). Apresentamos outras perspectivas de autores sobre o SUS e a agenda dos organismos internacionais e sua influência na governança pública, onde procuramos trazer uma visão diversa da hegemonia funcionalista predominante, também são revisitados paradigmas, abordagens sociológicas e teorias em pesquisas brasileiras. Os achados indicam que o tema governança pública e governança pública em saúde no Brasil, ainda é pouco explorado por acadêmicos de administração e de contabilidade, confirmando que a escolha epistêmica mais utilizada é a funcionalista, onde a teoria da agência se encaixa e outras teorias dentro dessa mesma vertente, que são especialmente fomentados por documentos de organismos de países desenvolvidos, que norteiam como as demais nações devem conduzir seus processos de governança.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Andion, C. (2012). Por uma nova interpretação das mudanças de paradigma na administração pública. Cadernos Ebape. BR, 10, 01-19.

Bôas Filho, O. V. (2016). A governança em suas múltiplas formas de expressão: O delineamento conceitual de um fenômeno complexo. REI-Revista estudos institucionais, 2(2), 670-706.

Borges, G., & Neto, L. M. (2020). Governança em saúde pública: mecanismos e critérios avaliativos em processos de participação cidadã. Desenvolve Revista de Gestão do Unilasalle, 9(3), 27-44.

Brasil, S. F. D (1988). Constituição da república federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico.

Burrell, G., & Morgan, G. (2017). Sociological paradigms and organizational analysis: Elements of the sociology of corporate life. Routledge.

Buss, P. M., Machado, J. M. H., Gallo, E., Magalhães, D. D. P., Setti, A. F. F., Franco Netto, F. D. A., & Buss, D. F. (2012). Governança em saúde e ambiente para o desenvolvimento sustentável. Ciência & saúde coletiva, 17, 1479-1491.

Buta, B. O., & Teixeira, M. A. C. (2020). Governança pública em três dimensões: conceitual, mensural e democrática. Organizações & Sociedade, 27, 370-395

Cadbury, A. (1992). Cadbury report: The Financial Aspects Of Corporate Governance. Recuperado em 07 de junho de 2021 de https://ecgi.global/sites/default/files//codes/documents/cadbury.pdf

CIPFA, I. (2013). Good Governance in the Public Sector–Consultation Draft for an International Framework. Working Paper. Recuperado em 07 de junho de 2021 de https://www.ifac.org/system/files/publications/files/Good-Governance-in-the-Public- Sector.pdf

Chua, W. F. (1986). Radical developments in accounting thought. Accounting review, 601-

Collier, P. M. (2005). Governance and the quasi-public organization: a case study of social

housing. Critical Perspectives on Accounting, 16(7), 929-949.

da União, T. D. C. (2021a). Governança Pública. Recuperado em 07 de junho de 2021 de https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/organizacional/levantamento-de- governanca/

da União, T. D. C. (2021b). Saúde. Recuperado em 07 de junho de 2021 de https://portal.tcu.gov.br/saude/governanca-em-saude/

Gaffikin, M., The Critique of Accounting Theory, School of Accounting & Finance, University of Wollongong, Working Paper 25, 2006. Recuperado em 07 de junho de 2021 de https://ro.uow.edu.au/accfinwp/41

Grindle, M. (2012). Good governance: The inflation of an idea. Planning ideas that matter, 259-282.

Grindle, M. S. (2017). Good governance, RIP: A critique and an alternative. Governance, 30(1), 17-22.

Hopper, T., & Powell, A. (1985). Making sense of research into the organizational and social aspects of management accounting: a review of its underlying assumptions. Journal of management Studies, 22(5), 429-465.

Hunt III, H. G., & Hogler, R. L. (1990). Agency theory as ideology: A comparative analysis based on critical legal theory and radical accounting. Accounting, Organizations and Society, 15(5), 437-454.

IBGC. Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. (2009). Código das melhores práticas de governança corporativa. Recuperado em 07 de junho de 2021 de http://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publicacoes/Attachments/21138/Publicacao- IBGCCodigo-CodigodasMelhoresPraticasdeGC-5aEdicao.pdf

Jensen, M. C., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of financial economics, 3(4), 305-360.

Kissler, L., & Heidemann, F. G. (2006). Governança pública: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade? Revista de Administração Pública, 40, 479-499. Lourenço, R. L., & Sauerbronn, F. F. (2017). Uso da Teoria da Agência em Pesquisas de Contabilidade Gerencial: premissas, limitações e formulações alternativas aos seus

pressupostos. Advances in Scientific and Applied Accounting, 158-176.

Marques, M. D. C. D. C. (2007). Aplicação dos princípios da governança corporativa ao sector público. Revista de Administração Contemporânea, 11, 11-26.

Martins, H. F., Mota, J. P., & Marini, C. (2019). Modelos de negócio na esfera pública: o modelo canvas de governança pública. Cadernos EBAPE. BR, 17, 49-67.

Matias-Pereira, J. (2010). A governança corporativa aplicada no setor público brasileiro.

Administração Pública e Gestão Social, 2(1), 109-134.

Mattos, B. M., Sauerbronn, F. F., & Cruz, C. F. (2017). Práticas Governança em Organizações Sociais de Saúde no Estado do Rio de Janeiro. Revista de Contabilidade da UFBA, 11(2), 24-44.

OCDE (2004). G20/OECD Principles of Corporate Governance. Recuperado em 07 de junho de 2021 de https://www.oecd-ilibrary.org/docserver/9789264236882- en.pdf?expires=1547133991&id=id&accname=guest&checksum=A03CC46A16D3518946C EBAD37E0941E5

Oliveira, A. G. D., & Pisa, B. J. (2015). IGovP: índice de avaliação da governança pública- instrumento de planejamento do Estado e de controle social pelo cidadão. Revista de Administração Pública, 49, 1263-1290.

Paes de Paula, A. P. (2016). Para além dos paradigmas nos Estudos Organizacionais: o Círculo das Matrizes Epistêmicas. Cadernos Ebape. br, 14(1), 24-46.

Paim, J. S. (2008). Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica. Editora Fiocruz.

Pessoa, R. M., Muniz, R. M., & Ckagnazaroff, I. B. (2020). Governança colaborativa para pesquisa em saúde: implicações da análise do Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde: implications from analysis of the Research Program for the Unified Health System. Revista do Serviço Público, 71, 154-182.

Sauerbronn, F. F., & Faria, A. (2012, September). Pluralismo no Estudo da Agência em Contabilidade: Contribuições da Perspectiva da Prática Social. In III Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis–AdCont 2012.

Sauerbronn, F. F. (2017). Governança pública em saúde pós-reforma gerencial no Brasil: Reconciliando perspectivas para uma análise multinível. Administração Pública e Gestão Social, 9(3), 148-158.

Secchi, L. (2009). Modelos organizacionais e reformas da administração pública. Revista de Administração Pública, 43, 347-369.

Teixeira, A. F., & Gomes, R. C. (2019). Governança pública: uma revisão conceitual.

Revista do Serviço Público Brasília, 70(4), 519–550.

Ulhøi, J. P. (2007). Revisiting the principal-agent theory of agency: comments on the firm- level and cross-national embeddedness theses. Journal of Organizational Behavior, 28(1), 75- 80.

World Bank (2007). Chapter 12. governance and management. In: Global Evaluations Sourcebook. Recuperado em 07 de junho de 2021 de http://siteresources.worldbank.org/EXTGLOREGPARPROG/Resources/grpp_sourcebook_ch ap12.pdf

Downloads

Publicado

2023-07-14

Como Citar

de Camargo Moureau, L. C. (2023). Abordagens Epistêmicas que Influenciam Estudos sobre Governança Pública em Saúde no Brasil. Revista De Contabilidade Da UFBA, 15(1), e2145. https://doi.org/10.9771/rcufba.v15i0.55429