Ação pública e inteligência cooperativa para o desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis no Antropoceno

Autores

Palavras-chave:

desenvolvimento territorial, antropoceno, saúde, agenda 2030, distrito federal

Resumo

As tecnologias sociais possuem grande poder social transformador, podendo funcionar como ferramentas de empoderamento das comunidades e grandes aliadas na estratégia de desenvolvimento territorial no Antropoceno, em que a relação socionatural é indissociável, evidenciada pelo reflexo do quadro ambiental para as vulnerabilidades sociais. Neste sentido, examinamos a aplicação da Metodologia de Inteligência de Futuro Territorial (Ifuturo Territorial) pelo projeto Radar de Territórios nos territórios de Sol Nascente e Pôr do Sol, comunidades com alto grau de desigualdade no Distrito Federal, tendo a agenda 2030 como elemento estruturante. Buscamos responder, a partir da teoria ator-rede, como as tecnologias sociais produzidas puderam contribuir para o empoderamento e o desenvolvimento territorial como forma de enfrentamento dos problemas do Antropoceno. A partir de uma construção coletiva, as tecnologias sociais foram apropriadas pelas comunidades, formando instrumentos de ação pública transversal e participativa que fortalecem a integração e a articulação dos atores, além da orientação dos processos decisórios de forma coletiva, potencializando a busca pela solução dos problemas na promoção do desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis de forma inclusiva, justa e democrática. 

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Biografia do Autor

Edward Torres Maia, Fundação Oswaldo Cruz

Doutor em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília (PPGDSCI/UnB). Analista de gestão em saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. Integra o CoLaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordena a área de Radar de Territórios da Plataforma de inteligência Cooperativa com a Atenção Primária à Saúde (Picaps). Professor colaborador do Mestrado Profissional de Políticas Públicas em Saúde do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas em Saúde (PPGPPS) da Escola de Governo Fiocruz Brasíla (EGFB) da Fiocruz e integra o Laboratório de Ação Pública e Desenvolvimento Democrático (LAP2D) da UnB. Temas de pesquisa e interesse: planejamentos estratégico e prospectivo, governança de redes de políticas públicas, ação pública e desenvolvimento territorial.

Doriana Daroit, Universidade de Brasília

Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora adjunta do Departamento de Administração e professora dos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional e em Direitos Humanos e Cidadania, na Universidade de Brasília. Líder do Laboratório de Ação Pública e Desenvolvimento Democrático (LAP2D). Seus estudos são na área de desenvolvimento e políticas públicas, com ênfase em instrumentos inovadores de ação pública, transversalidade em políticas públicas, políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação e actor network theory.

Wagner de Jesus Martins, Fundação Oswaldo Cruz

Doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Analista de gestão em saúde da Fiocruz Brasília atuando em função de pesquisador. Coordenador do CoLaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) e de Integração Estratégica da Fundação Oswaldo Cruz Brasília. Ex-Membro titular do Conselho de Administração do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal. Temas de pesquisa e interesse: planejamentos estratégico e prospectivo, governança de redes de políticas públicas e desenvolvimento territorial.

Lara Silva Laranja, Universidade de Brasília (UnB) e Instituto Politécnico Nacional do México (IPN)

Doutora em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília e em Inovação em Ambientes Locais pelo Instituto Politécnico Nacional do México. Professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Governança, Inovação e Política Pública (PPGGIPP/UnB). Pesquisadora bolsista do CoLaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Integrante do Public Intelligence Laboratory (PILab). Seus estudos envolvem gestão pública, governança, tecnologias para o desenvolvimento, desenvolvimento latino-americano e políticas de saúde.

Fernanda Natasha Bravo Cruz, Universidade de Brasília

Doutora em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília (UnB), com pós-doutorado em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). Professora adjunta de Políticas Públicas na Universidade de Brasília, atuante no Departamento de Gestão de Políticas Públicas (GPP/FACE) e nos Programas de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania e Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional (PPGDH PPGDSCI/CEAM/UnB). Colíder do Laboratório de Ação Pública e Desenvolvimento Democrático (LAP2D). Seus estudos são interdisciplinares em ciências humanas e ciências sociais aplicadas, considerando dinâmicas transversais da ação pública, participação política, redes de políticas públicas, movimentos sociais, fóruns híbridos, instrumentos de ação pública, direitos humanos, meio ambiente e desenvolvimento.

Publicado

2025-08-14

Como Citar

1.
Maia E, Daroit D, Martins W, Laranja L, Cruz FN. Ação pública e inteligência cooperativa para o desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis no Antropoceno. Organ. Soc. [Internet]. 14º de agosto de 2025 [citado 27º de novembro de 2025];32(112). Disponível em: https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/58130

Edição

Seção

Artigos