https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/issue/feed Organizações & Sociedade 2025-08-14T23:55:18+00:00 Revista Organizações & Sociedade oes.revista@gmail.com Open Journal Systems <p>O&amp;S é uma publicação trimestral do NPGA - Núcleo de Pós-graduação em Administração, da Universidade Federal da Bahia. Tem como objetivo fomentar o diálogo e a inovação sobre o entendimento das organizações, por meio da publicação de pesquisas que agreguem valor à sociedade e sejam socialmente significativas. A O&amp;S tem um processo de revisão cega por pares em cinco etapas e acolhe dois tipos de artigos: desenvolvimento teórico e pesquisa empírica.<br />Area do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas<br />ISSN(online): 1984-9230 - Periodicidade: Quadrimestral</p> https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/58530 Por um novo marco analítico-conceitual para o campo da Tecnologia Social 2024-09-27T01:48:46+00:00 Felipe Addor faddor@gmail.com Wagner Ragi Curi Filho wagner@ufop.edu.br <p class="western" style="line-height: 100%; margin-top: 0.21cm; margin-bottom: 0.21cm;" align="justify">Este artigo apresenta um arcabouço teórico para análise de experiências no campo da Tecnologia Social (TS). Para tal, utilizaram-se elementos identificados em uma revisão bibliográfica, reflexões<br />construídas a partir de espaços acadêmicos de intercâmbio no campo da TS e as experiências adquiridas na realização de projetos de extensão tecnológica. Iniciamos o artigo com uma introdução que busca destacar a relevância do tema. Em seguida, explicitando como o conceito de TS está em construção e a disputa que há em torno de sua definição, apresentamos uma revisão bibliográfica citando diferentes autores e trazendo uma síntese de artigos que buscaram caracterizar o campo, em um recorte bibliográfico feito a partir da base SciELO. Na seção seguinte, explicamos as bases metodológicas que nos guiaram no desenvolvimento deste artigo. Apresentamos então o elemento central deste artigo: a proposição de nove parâmetros para a análise de experiências que buscam alinhar-se aos princípios do campo da TS, explicitando os motivos dessa proposta e a abordagem que se pretende com ela. Finalizamos o artigo com as considerações finais, buscando denotar a importância de se construir um debate qualificado sobre isso nos dias atuais.</p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/58138 Reaplicação ou replicação? transformações da tecnologia e da moeda social palmas na plataforma e-dinheiro 2024-09-27T01:38:27+00:00 Ariádne Scalfoni Rigo ariadnescalfoni@gmail.com Andréa Cardoso Ventura andreaventurassa@gmail.com <p>Sob a perspectiva de que as tecnologias sociais (TS) são construídas com a participação comunitária e não são simplesmente soluções transferidas de uma realidade à outra, e diante das transformações que a moeda social Palmas provocou, e ainda provoca, no campo das finanças solidárias do Brasil, levantamos a seguinte questão neste artigo: tomando o processo de reaplicação como característica fundamental das TS, no formato digital da moeda social Palmas, esse processo é ainda possível e efetivo? Para respondê-la, tomamos o caso das Palmas, moedas sociais reconhecidas como tecnologias sociais, apresentando sua história e seu processo de digitalização. Para isso, recorremos à literatura sobre TS e a relativa ao caso em análise, bem como consideramos as informações obtidas ao longo da trajetória dos autores dentro do movimento das finanças solidárias. Além disso, dispomos de dados de uma pesquisa nacional ainda em andamento, da qual os autores são parte integrante. Nosso estudo indica que o processo de reaplicação é possível, mas vem enfrentando dificuldades para manter seu caráter democrático e emancipador. Identificamos também que a plataforma, apesar dos significativos benefícios percebidos por todos e pelo seu potencial de escalonamento e de servir às políticas públicas de desenvolvimento local, pode perder seu caráter de TS no que se refere ao processo de reaplicação. Nosso estudo é especialmente relevante nesse momento diante do recente projeto de lei 4476/23 que pretende regular as moedas sociais no país, num claro desconhecimento da história, do contexto e do conceito de moeda social e de tecnologias efetivamente sociais.</p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/57167 Investigando uma Tecnologia Social pela Perspectiva da Teoria Ator-Rede e Depois 2024-09-27T01:54:31+00:00 Bernardo Bignetti bernardobignetti@gmail.com Maira Petrini maira.petrini@pucrs.br <p>O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar as readequações sociotécnicas locais e a rede heterogênea envolvida na aproximação de uma tecnologia para o social a uma Tecnologia Social (TS) como construção social. Tecnologias como fundamento social, retratadas por meio de tecnologias sociais, evidenciam um modo de criar, desenvolver e implementar uma tecnologia voltada para resolução de problemas sociais. Observa-se, na América Latina, em especial no Brasil, duas visões usadas para caracterizar uma tecnologia social: (i) TS como construção social, em que a tecnologia é construída e/ou readequada mediante adequações sociotécnicas com a participação da comunidade local e (ii) tecnologia para o social, em que a tecnologia é transferida via programas, artefatos ou metodologias que melhoram a vida da comunidade auxiliada. Investigamos uma replicação de um programa de educação empreendedora para jovens em vulnerabilidade visto como uma tecnologia para o social, uma vez que o programa possui metodologia própria e não foi desenvolvido com a participação da comunidade envolvida. Adotamos como base teóricametodológica a Teoria Ator-Rede (TAR), na sua versão TAR e Depois (Actor Network Theory and After), baseada em três elementos: enactment, hinterland e ontologia política. Nossos resultados evidenciam pistas de como uma tecnologia para o social de educação empreendedora pode ser aproximada a uma TS como construção social, permitindo-nos a elaboração de dois pontos de discussão. Esses pontos constituem uma contribuição tanto para a teoria, pensando em agendas de pesquisas futuras, como para a prática de programas de tecnologia para o social, oferecendo oportunidades de adequações sociotécnicas que consideram o conhecimento local, o que promove uma transformação social. Além disso, outra contribuição teórica é ilustrar o uso de conceitos da TAR e Depois aos estudos de TS, atendendo a demandas de não empregar a TAR de maneira simplista, como uma mera ferramenta para estudar um artefato.</p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/57259 A comunicação não violenta como caminho para a racionalização subversiva: uma tecnologia social que transforma as organizações públicas 2024-09-27T02:10:48+00:00 Mariana Mayumi Pereira de Souza mariana.mayumi@ufv.br Adriana Ventola Marra aventola@ufv.br <p>Este artigo tem como objetivo analisar o potencial subversivo dos códigos técnicos da Comunicação Não-Violenta (CNV), entendida como tecnologia social, no sistema de gestão burocrática de uma organização pública. Foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória, com o método do estudo de caso, por meio da comparação das percepções de servidores que tiveram contato sistemático com a CNV com as dos que a desconheciam. O material coletado em 16 entrevistas semiestruturadas foi analisado por meio da análise do discurso. Como resultados, observamos que a aplicação dos códigos técnicos da CNV favoreceu a autoconfiança, a autorreflexão e a cooperação entre os indivíduos, enfatizando o potencial subversivo da CNV, em prol de contextos mais dialógicos e democráticos. A CNV traz novos repertórios técnicos sobre como proceder em situações específicas de interação, desconstruindo ou esvaziando de sentido padrões comportamentais arraigados em formas de comunicação alienante. Dessa maneira, acreditamos ser possível subverter o sistema técnico burocrático pela introdução de novos contextos de interação. Portanto, a pesquisa contribui para o detalhamento da aplicação da CNV nas organizações, além de apresentar uma moldura teórico-metodológica que pode ser utilizada em outras análises discursivas, especialmente, de aplicação de tecnologias sociais. </p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/58535 Fervor e resistência na construção do campo da tecnologia social no Brasil: a complexa história das políticas públicas nas duas últimas décadas 2024-02-20T17:54:21+00:00 Felipe Addor faddor@gmail.com Andreia Ingrid Michele do Nascimento andreiamichele@ibict.br Arquimedes Belo Paiva abelo@cnpq.br <p>Este trabalho possui como objetivo compreender como a tecnologia social se desenvolveu a partir dos programas, projetos e planos do Governo Federal brasileiro nas últimas duas décadas (2003-2023) em interação com os seus atores centrais, especialmente localizados nas universidades e nos movimentos sociais. Em uma abordagem marcadamente exploratória e qualitativa, foram analisados os Planos Plurianuais (PPA), as Estratégias Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), os Planos de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) e as Chamadas Públicas desenvolvidas por instituições federais, tais como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Foi construída uma periodização constituída por três fases (o Grande Ciclo, o Descenso e a Retomada) das políticas públicas de fomento à Tecnologia Social que perpassam os 7 (sete) últimos governos federais. Por fim, buscou-se avaliar as particularidades e as vinculações recíprocas construídas pela trama das políticas públicas no campo da tecnologia social, assim como as possibilidades de reconfiguração da área a partir da reorganização em torno de uma renovada agenda para a Tecnologia Social no Brasil.</p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/58130 Ação pública e inteligência cooperativa para o desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis no Antropoceno 2024-09-27T02:22:27+00:00 Edward Maia edward.maia@fiocruz.br Doriana Daroit doriana.daroit@gmail.com Wagner Martins wagner.martins@fiocruz.br Lara Laranja laralaranja@gmail.com Fernanda Natasha Cruz fernandanatasha@gmail.com <p>As tecnologias sociais possuem grande poder social transformador, podendo funcionar como ferramentas de empoderamento das comunidades e grandes aliadas na estratégia de desenvolvimento territorial no Antropoceno, em que a relação socionatural é indissociável, evidenciada pelo reflexo do quadro ambiental para as vulnerabilidades sociais. Neste sentido, examinamos a aplicação da Metodologia de Inteligência de Futuro Territorial (Ifuturo Territorial) pelo projeto Radar de Territórios nos territórios de Sol Nascente e Pôr do Sol, comunidades com alto grau de desigualdade no Distrito Federal, tendo a agenda 2030 como elemento estruturante. Buscamos responder, a partir da teoria ator-rede, como as tecnologias sociais produzidas puderam contribuir para o empoderamento e o desenvolvimento territorial como forma de enfrentamento dos problemas do Antropoceno. A partir de uma construção coletiva, as tecnologias sociais foram apropriadas pelas comunidades, formando instrumentos de ação pública transversal e participativa que fortalecem a integração e a articulação dos atores, além da orientação dos processos decisórios de forma coletiva, potencializando a busca pela solução dos problemas na promoção do desenvolvimento de territórios saudáveis e sustentáveis de forma inclusiva, justa e democrática. </p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/69424 Tecnologia Social: uma introdução à pesquisa, à prática e a um outro futuro 2025-08-12T17:32:47+00:00 Marlei Pozzebon marlei.pozzebon@fgv.br Ana Clara Souza anacsouza@usp.br Fabio Prado Saldanha fabio.saldanha@uontario.ca Carolina Bagattolli carolina.bagattolli@ufpr.br <p>Decolonizar nossas mentes e corpos é um processo lento e árduo. O paradigma ocidental, centrado na Europa e América do Norte, insiste em apresentar como universal e superior, relegando o resto do mundo à uma condição subalterna e periférica. Em resposta, universidades e movimentos sociais do Sul Global têm buscado decolonizar a produção de conhecimento, valorizando saberes alternativos comumente invisibilizados. Nesse contexto, o conceito de tecnologia social emerge como uma lente teórica e prática com raízes nas tradições culturais locais e nos movimentos de economia solidária, propondo iniciativas que têm sido fundamentais para enfrentar crises econômicas e sociais, especialmente entre populações vulneráveis. O conceito de tecnologia social, embora represente um campo em disputa, se refere a artefatos físicos, metodologias e formas de organizar. Pouco conhecida na academia latino-americana e praticamente invisível internacionalmente, essa abordagem merece maior destaque. Este volume temático visa fortalecer esse campo, reunindo artigos críticos, teóricos e práticos comprometidos com tecnologia social e transformação social.</p> 2025-08-14T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2025 Organizações & Sociedade