Chinua Achebe e o questionamento da ideologia colonial: Clube Mbari de Artistas e Escritores de Ibadan e a Conferência de Escritores Africanos de Expressão [de língua] Inglesa.
DOI:
https://doi.org/10.9771/rhufba.v12i1.70238Abstract
A presente comunicação parte do TCC de Bacharelado em História intitulado “AINDA HÁ TODA UMA SÉRIE DE OUTRAS COISAS A FAZER”: A OBRA THINGS FALL APART DE CHINUA ACHEBE E A AFRICAN WRITERS SERIES” que defendi em 2023, orientado pela Professora Dr.ª Cláudia Mortari, e a partir das discussões desenvolvidas no segundo capítulo, tem como intuito analisar as articulações realizadas por Chinua Achebe (1930-2013) no âmbito do Clube Mbari de Artistas e Escritores de Ibadan e na Conferência de Escritores Africanos de Expressão [de língua] Inglesa. Chinua Achebe estudou na Universidade de Ibadan a partir de 1948, onde também começou a questionar o que chamou de “ideologia colonial” (ACHEBE, 1989b, p. 101) em produções literárias. Com a contribuição de Chinua Achebe, com Christopher Okigbo, Wole Soyinka, Es’kia Mphahlele e outros intelectuais, o Clube Mbari foi fundado em 1961, no contexto das lutas por emancipação da Nigéria como Estado Nacional, com a premissa de encorajar novos artistas (YESUFU, 1982, p. 55). Esta mesma proposta foi o que impulsionou a realização da Conferência de Escritores Africanos por Mphahlele em junho de 1962 (ACHEBE, 1976, p. 74) que contou com a presença de diversos escritores convidados e aconteceu em Uganda. Para compreender o lócus de enunciação (Grosfoguel, 2008) de Achebe e suas articulações nesses espaços, a pesquisa partiu de entrevistas concedidas pelo autor entre os anos de 1988 e 2008 e entrevistas concedidas por outros intelectuais também integrantes destes espaços. Para a análise das fontes, parti dos campos teórico-práticos pós-colonial e decolonial, principalmente de discussões desenvolvidas no âmbito do AYA Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais (UDESC/FAED).