Práticas De Cura Como Resistência A Um Catolicismo Hegemônico: um diálogo com rezadeiras no sertão paraibano
DOI:
https://doi.org/10.9771/rhufba.v12i1.70240Resumen
Pensando nas rezadeiras e suas representações, via de regra estereotipadas, pretendo neste artigo confrontar os estigmas criados em relação a essas sujeitas, bem como ao espaço em que elas vivem - o sertão - com o objetivo de trazer à tona no âmbito acadêmico parte das suas práticas, entendendo-as como resistências às normas impostas pela colonização, a colonialidade e, consequentemente, pelo catolicismo. Por meio de entrevistas com mulheres do sertão paraibano, procuro colocar em diálogo suas falas e vivências com as contribuições teóricas de Antônio Bispo dos Santos, Carla Akotirene, Durval Muniz de Albuquerque Júnior, Vânia Vasconcelos, Ana Maria Veiga, Conceição Evaristo, Cláudia Vasconcelos e Alessandro Portelli, entre outros. Compreendo, a partir da pesquisa, as práticas de cura como resistência, e também como elementos culturais essenciais para a manutenção das comunidades, representando a diversidade presente ainda hoje nos sertões brasileiros.