Revista de História da UFBA https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba <p>A Revista de História da UFBA, criada em 2009, é uma iniciativa discente que tem como objetivo divulgar a produção historiográfica de graduandos e pós-graduandos em História e áreas afins. Desta forma, busca contribuir com a difusão, diversidade e democratização da produção acadêmica, visando fortalecer o acesso horizontal, livre e gratuito à divulgação e fruição científicas.<br />Área do conhecimento: Ciências Humanas <br />ISSN (online): 1984-6894 - Periodicidade: Publicação contínua - Qualis B1</p> Universidade Federal da Bahia pt-BR Revista de História da UFBA 1984-6894 Chinua Achebe e o questionamento da ideologia colonial: Clube Mbari de Artistas e Escritores de Ibadan e a Conferência de Escritores Africanos de Expressão [de língua] Inglesa. https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70238 <p>A presente comunicação parte do TCC de Bacharelado em História intitulado “AINDA HÁ TODA UMA SÉRIE DE OUTRAS COISAS A FAZER”: A OBRA THINGS FALL APART DE CHINUA ACHEBE E A AFRICAN WRITERS SERIES” que defendi em 2023, orientado pela Professora Dr.ª Cláudia Mortari, e a partir das discussões desenvolvidas no segundo capítulo, tem como intuito analisar as articulações realizadas por Chinua Achebe (1930-2013) no âmbito do Clube Mbari de Artistas e Escritores de Ibadan e na Conferência de Escritores Africanos de Expressão [de língua] Inglesa. Chinua Achebe estudou na Universidade de Ibadan a partir de 1948, onde também começou a questionar o que chamou de “ideologia colonial” (ACHEBE, 1989b, p. 101) em produções literárias. Com a contribuição de Chinua Achebe, com Christopher Okigbo, Wole Soyinka, Es’kia Mphahlele e outros intelectuais, o Clube Mbari foi fundado em 1961, no contexto das lutas por emancipação da Nigéria como Estado Nacional, com a premissa de encorajar novos artistas (YESUFU, 1982, p. 55). Esta mesma proposta foi o que impulsionou a realização da Conferência de Escritores Africanos por Mphahlele em junho de 1962 (ACHEBE, 1976, p. 74) que contou com a presença de diversos escritores convidados e aconteceu em Uganda. Para compreender o lócus de enunciação (Grosfoguel, 2008) de Achebe e suas articulações nesses espaços, a pesquisa partiu de entrevistas concedidas pelo autor entre os anos de 1988 e 2008 e entrevistas concedidas por outros intelectuais também integrantes destes espaços. Para a análise das fontes, parti dos campos teórico-práticos pós-colonial e decolonial, principalmente de discussões desenvolvidas no âmbito do AYA Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais (UDESC/FAED).</p> Luiza Ferreira da Silva Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70238 Corpo/Território: apontamentos, epistemologias, transgressões e saberes ancestrais https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70256 <p>Nos últimos anos, os povos indígenas, negros e LGBTQIA+ no Brasil enfrentaram intensos ataques e violência, exacerbados pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Durante este período, o racismo e a marginalização se intensificaram, levando a um aumento significativo de violência contra essas comunidades. Dados do Conselho Indigenista Missionário mostram que mais de 790 indígenas foram mortos entre 2016 e 2021, com o ano de 2020 sendo o mais violento. Além disso, a violência policial contra a população negra aumentou, evidenciando a continuidade do racismo estrutural. O corpo, para esses grupos, não é apenas físico, mas também um território carregado de saberes e ancestralidades. O colonialismo e o racismo desconsideram esses saberes, marginalizando as contribuições dessas comunidades. É crucial trazer esses saberes para o debate acadêmico e político, permitindo que essas comunidades tenham um papel ativo na construção de um futuro mais equitativo.</p> Willian Felipe Martins Costa Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70256 Corpo/Território: apontamentos, epistemologias, transgressões e saberes ancestrais https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70255 <p>Nos últimos anos, os povos indígenas, negros e LGBTQIA+ no Brasil enfrentaram intensos ataques e violência, exacerbados pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Durante este período, o racismo e a marginalização se intensificaram, levando a um aumento significativo de violência contra essas comunidades. Dados do Conselho Indigenista Missionário mostram que mais de 790 indígenas foram mortos entre 2016 e 2021, com o ano de 2020 sendo o mais violento. Além disso, a violência policial contra a população negra aumentou, evidenciando a continuidade do racismo estrutural. O corpo, para esses grupos, não é apenas físico, mas também um território carregado de saberes e ancestralidades. O colonialismo e o racismo desconsideram esses saberes, marginalizando as contribuições dessas comunidades. É crucial trazer esses saberes para o debate acadêmico e político, permitindo que essas comunidades tenham um papel ativo na construção de um futuro mais equitativo.</p> Weuler Pereira de Azara Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70255 Escola Normal da Bahia, Anna Joaquina Bonatti e o curso normal para mestras - Trajetórias Entrelaçadas (1836-1895) https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70254 <p>A Escola Normal da Bahia, criada pela Lei Nº 37 de 14 de abril de 1836 ofertava o curso normal para a habilitação de professores para o ensino nas escolas primárias. Prescrevendo a criação de um curso normal especial para as mestras, em seus art. 16 e 17 determinava que, o Curso Normal para as Mestras seria limitado às matérias de ensino primário, perpassando pelo ensino de Desenho Linear, e as prendas que servem à economia doméstica. De 1842 a 1847, os documentos históricos apontam que algumas mulheres procuravam o curso normal de modo que diversas foram as tentativas de criação deste curso especial ou modalidades de inserção das senhoras. Diante deste contexto, surge a figura da ilustre professora Anna Joaquina dos Santos Bonnati, primeira mulher professora na Escola Normal, que foi encarregada de dar aulas de lição complementar e práticas às alunas que desejavam ingressar no curso, cuja trajetória se entrelaça com a da escola normal. Atuou na instituição ao longo dos anos de 1847 a 1879, assumindo a função de professora a diretora da referida instituição. Com uma visão crítica e atenciosa para a Escola Normal da Bahia, Anna Bonnati solicitava constantemente ao Presidente da Província, atenção para com a referida instituição. Este artigo de base metodológica documental se propõe a indicar pistas para o estudo da trajetória profissional de Anna Joaquina dos Santos Bonatti. Os relatórios de presidentes da província e da instrução foram utilizados como base documental para o desenvolvimento deste estudo. É por essa riqueza de informações encontradas nas análises dos escritos de professores que se pode chegar à conclusão de que contar a história com os olhos daqueles que participaram ativamente de todo processo e, que ao terem suas imagens ampliadas, saíram da condição de invisibilidade, ajudando a (re) construir a história das Escolas Normais e da educação na Bahia.</p> Tiane Melo dos Anjos Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70254 O Combate: o “Lampião da Esquina” contra a política sexual da ditadura empresarial-militar brasileira https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70253 <p>A história do movimento homossexual no Brasil é atravessada pela ditadura empresarial-militar no país. O regime autoritário censurava e reprimia tanto as sexualidades dissidentes quanto a livre organização da sociedade civil. Sob essa conjuntura política articularam-se vários grupos de militância homossexual, entre eles o jornal “Lampião da Esquina”, que esteve em circulação de 1978 até 1981. Observadas tais condições, a ideia central desta pesquisa é analisar como o referido jornal tensionou com a política sexual do Estado brasileiro ao passo que tornava públicas as lutas e debates dos movimentos que se organizavam para romper com os silêncios e as violências engendradas pelo regime e disputar a liberdade sexual não cis heteronormativa. Bem como, compreender o debate sobre o golpe e formulações teórico-metodológicas de análise.</p> Thiago Santos Silva Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70253 “Equilíbrio das Histórias”: A produção literária de Flora Nwpa sobre as mulheres Igbos na Nigéria https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70252 <p>O ensaio analisa como Flora Nwapa, pioneira da literatura nigeriana e primeira romancista africana de renome internacional, utilizou sua obra para evidenciar e centralizar as experiências das mulheres igbos. Em um contexto marcado pelo legado colonial, Nwapa contrapôs narrativas eurocêntricas ao valorizar as tradições, estratégias de resistência e protagonismo feminino na sociedade igbo. Por meio de romances como Efuru (1966), destacou temas como casamento, maternidade, comércio e negociações sociais, expondo a pluralidade de vivências das mulheres e seu papel essencial na formação da identidade nigeriana pós-independência. Este estudo enfatiza a literatura como fonte histórica e a relevância da escrita de Nwapa no equilíbrio das narrativas sobre a África.</p> Tathiana Cristina da Silva Anizio Cassiano Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70252 Lições Feministas: Uma epistemologia para além da categoria “Gênero” https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70250 <p>Os estudos de gênero têm mobilizado uma série de interesses temáticos e têm se preocupado com a formulação de uma epistemologia que sirva de aporte para entender as dinâmicas em torno das camadas de gênero e seus aspectos relacionais. Este artigo elabora uma análise crítica de textos de três autoras basilares da epistemologia feminista. Busco, assim, evidenciar que as contribuições criadas no seio dos estudos de gênero podem servir de arsenal para a investigação de dinâmicas de poder intrínsecas às relações sociais e à constituição histórica. Para tanto, parto do estudo de três escritos: <em>Gênero: uma categoria útil de análise histórica</em>, de Joan Scott;<em> Epistemologia feminista negra</em>, de Patricia Collins; e,<em> A mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem político-econômica</em>, de Lélia Gonzáles. Almejo, através de uma análise crítica e contextual, criar pontes que possam servir para outros fazeres intelectuais no ofício da História.</p> Thasio Fernandes Sobral Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70250 Histórias-Memórias de (Re)Existências: Escrevivências e trajetórias das mulheres quilombolas na Bahia https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70248 <p>O presente artigo investiga as escrevivências e trajetórias de mulheres quilombolas na Bahia, evidenciando histórias-memórias que revelam experiências de (re)existência e preservação cultural e sociopolítica. A escrevivência, conceito desenvolvido por Conceição Evaristo, surge da escrita que brota das vivências e memórias negras, sendo um ato de afirmação identitária e de pertencimento. A pesquisa, fundamentada em estudos sobre pedagogias quilombolas e decoloniais, com base nas epistemologias de mulheres negras (Dealdina, Nascimento, Evaristo, hooks, Gonzalez, Cardoso), utiliza entrevistas semiestruturadas com 20 mulheres quilombolas baianas para compreender suas práticas de resistência e a transmissão de saberes ancestrais. Este trabalho destaca duas dessas vozes-memórias como exemplos de resistência. Os resultados iniciais indicam que essas mulheres desempenham um papel central na educação de suas comunidades, promovendo valores como solidariedade, justiça social e Bem Viver. Suas trajetórias são essenciais para a preservação das identidades quilombolas e inspiram lutas por direitos e dignidade. Ao reconhecer suas histórias e práticas, este artigo reafirma a importância da ancestralidade e da interseccionalidade como fundamentos de uma pedagogia quilombola transformadora.</p> Silvana Santos Bispo Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70248 Tempestade dos X-Men: Interseccionalidade entre representação e representatividade na arquetípica Iansã das histórias em quadrinhos https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70247 <p>O presente trabalho busca analisar os vestígios historicamente constitutivos da personagem-produto Tempestade (Storm) da franquia X-men. Através de abordagens críticas de análises de discursos, representações e representatividades são evocadas para historicizar a personagem fictícia, além das leituras iconográficas-iconológicas de sua expressão gráfica racializada e generificada. Tempestade é uma super-heroína de histórias em quadrinhos, membra e líder da equipe de super-heróis mutantes conhecida como X-men, criada em 1963, mas que sofreu atualização em 1972 que lhe aproximou de pautas de movimentos políticos de grupos minoritários. Por inquietações diversas, as transliteradas conexões entre a super-heroína Tempestade, Ororo, e a deidade Iansã, Oyá, nos guiam a pensar as potencialidades arquetípicas. Este trabalho é capítulo do livro Identidades Secretas Sexualidades Ocultas, publicado em 2024, compondo acervo textual crítico sobre personagens femininas das ficções de entretenimento das histórias em quadrinhos de super-heróis.</p> Savio Queiroz Lima Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70247 Ensaio: Música e Decolonialidade - Um caminho de expressão, resistência e inspiração https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70246 <p>A música é um canal de resistência e reconexão ancestral no contexto decolonial. Meu processo criativo se entrelaça com vivências e encontros com artistas como François Muleka, Thuanny, Re Moraes, Anis de Flor e Rúbia Divino, compondo o projeto <em>Experiências Sonoras no MBARI</em>, do Aya Laboratório. Inspirado no conceito Igbo de <em>Mbari</em>, que celebra a arte como experiência coletiva, o projeto busca ampliar narrativas e provocar deslocamentos através da música. Exploramos o sentipensamento de Orlando Fals Borda e a <em>aesthesis</em>, promovendo uma escuta profunda de artistas indígenas e africanos. O MBARI é um espaço dinâmico de intercâmbio cultural, incentivando reflexões e resistência por meio da arte. A presença digital amplia essa rede de diálogos e aprendizagem, conectando a ancestralidade ao afrofuturismo.</p> Saul Smith Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70246 “Entre memórias, (re)existências e lutas do povo negro no Brasil”: uma breve análise da trajetória histórica do quilombismo e aquilombamento como um estado africano implatado no território brasileiro https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70244 <p>O presente artigo apresenta uma análise sobre o <em>Quilombismo/Aquilombamento</em> como um movimento que superou o aspecto da (re)existência e luta dos povos africanos e afrodescendentes e se tornou um “Estado” Africano no território do Brasil colonial. O problema: <em>Por que o processo histórico da formação do Quilombismo/Aquilombamento no período colonial não é historicizado como a recriação de Estados Africanos no Brasil?</em> A metodologia usada foi a revisão bibliográfica e integrativa com uso das plataformas científicas para coleta das fontes de pesquisas. Os resultados apontaram que os Quilombos foram a recriação dos “Estados” Africanos no território do Brasil colônia, os saberes ancestrais africanos, sobretudo dos Bantu, foram responsáveis pelo processo de construção destes locais que foram, além de refúgios, e sim locais de (re)existência, luta, conservação da identidade africana e construção da identidade afro-brasileira e dos movimentos <em>Quilombismo/Aquilombamento</em> que se manifestam no hodierno.</p> Francisco Gomes Vilanova Renato Ramos de Almeida Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70244 Notas sobre os atributos modermo e antimoderno do nazismo https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70243 <p>Este artigo objetiva analisar, a partir dos escritos de alguns autores, o caráter moderno e antimoderno do nazismo. Para nossos fins, o nazismo não foi um evento histórico dissidente das linhas delineadas pelo progresso capitaneado pelo Esclarecimento – Aufklärung. O nazismo, em sua logística de racionalidade, surfou na crista da modernidade, absorvendo seus principais instrumentos técnicos-científicos. Já no campo ideológico, como tentaremos mostrar, os nacional-socialistas invocaram práticas antimodernas, no sentido de se apresentarem como uma alternativa aos problemas culturais e políticos das décadas 1930-1940, adquirindo um radicalismo em todas as áreas da vida humana. É desse duplo lugar que compomos nossa discussão, um lugar que parte do <em>Warum </em>—&nbsp;porquê — de Primo Levi.</p> Naildo de Oliveira Rodrigues Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70243 Fio a fio: redes intelectuais de Gabriela Mistral no Brasil https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70242 <p>A estada de Gabriela Mistral no Brasil (1940-1945) é um período pouco explorado na crítica literária. Durante esse tempo, a escritora chilena atuou como Cônsul do Chile em Petrópolis, formando redes intelectuais com escritores brasileiros. Mistral, inserida no contexto latino-americano, utilizou essas redes para promover seu projeto de integração continental, com ênfase na tradução e circulação literária. Este estudo parte do conceito de redes intelectuais proposto por Devés Valdés (2007) e da crítica literária feminista, ou ginocrítica, de Elaine Showalter (1977) para refletir sobre a invisibilização das mulheres na tradição intelectual latino-americana, a partir da análise de ensaios e cartas de Mistral. Esses documentos revelam as dinâmicas patriarcais que permeavam o campo literário da época, tanto no Brasil quanto na América Latina, permitindo compreender as estratégias adotadas por Mistral para se aproximar de figuras literárias brasileiras proeminentes. O estudo destaca o papel da autora na construção de laços intelectuais e culturais entre os países da região e ilustra como as relações de gênero influenciaram sua inserção e atuação nos sistemas literários brasileiro e hispano-americano.</p> Nadia Ayelén Medail Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70242 As raízes transnacionais do “país do futebol”: Dori Kürschner e o futebol brasileiro, entre deslocamentos, intercâmbios e preconceitos https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70241 <p>O Brasil é (re)conhecido popularmente como o “país do futebol” – condição geralmente justificada em função de fatores e discursos predominantemente autóctones. Neste trabalho, apresentamos uma abordagem diferente, centrada na participação de atores estrangeiros no processo de desenvolvimento do futebol local. Através da recuperação da trajetória pessoal e profissional de Isidor (Dori) Kürschner, procuramos mostrar o papel de imigrantes para o progresso da atividade no país, e sua conquista de renome mundial. Além desta dimensão construtiva, a breve estadia do húngaro no país é reveladora também da intolerância e preconceitos da sociedade brasileira da época, e da presença, latente e estruturante, do chauvinismo na escrita da história.</p> Matan Ankava Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70241 Práticas De Cura Como Resistência A Um Catolicismo Hegemônico: um diálogo com rezadeiras no sertão paraibano https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70240 <p>Pensando nas rezadeiras e suas representações, via de regra estereotipadas, pretendo neste artigo confrontar os estigmas criados em relação a essas sujeitas, bem como ao espaço em que elas vivem - o sertão - com o objetivo de trazer à tona no âmbito acadêmico parte das suas práticas, entendendo-as como resistências às normas impostas pela colonização, a colonialidade e, consequentemente, pelo catolicismo. Por meio de entrevistas com mulheres do sertão paraibano, procuro colocar em diálogo suas falas e vivências com as contribuições teóricas de Antônio Bispo dos Santos, Carla Akotirene, Durval Muniz de Albuquerque Júnior, Vânia Vasconcelos, Ana Maria Veiga, Conceição Evaristo, Cláudia Vasconcelos e Alessandro Portelli, entre outros. Compreendo, a partir da pesquisa, as práticas de cura como resistência, e também como elementos culturais essenciais para a manutenção das comunidades, representando a diversidade presente ainda hoje nos sertões brasileiros.</p> Maria Vitória Moreno Laurindo Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70240 “Afirmo com alegria que sou negra a dez anos”: A construção da negritude na mulher negra em Quando me Descobri Negra de Bianca Santana https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70239 <p>O mundo pós-abolição continuou marcado pelas cicatrizes profundas de um regime escravista que, no Brasil, durou 388 anos e cuja essência nunca foi completamente abandonada. Nesse contexto, o presente trabalho busca abordar a relação da mulher com a sua negritude e como ela é capturada no livro <em>Quando Me Descobri Negra</em>, utilizando os relatos e crônicas da obra para exemplificar as experiências vividas. Para isso, o estudo se apoia em autores como bell hooks (2019), Kabengele Munanga (2012), Gayatri Spivak (2010), além de teóricos que contribuíram para a arte como Susan Sontag (2020), Maurice Blanchot (2011), e Gilles Deleuze e Félix Guattari (2020). Aqui aprofundo a percepção das nuances da identidade negra feminina e reforço a importância de valorizar essas histórias dentro do contexto histórico brasileiro tendo em mente que a análise do livro, dentro do escopo desta pesquisa, evidencia como a literatura pode ser uma poderosa ferramenta de resistência da mulher negra.</p> Mahyra E. Sá Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70239 Caminhos de pesquisas politicamente situadas: A produção dos podcasts Tramas da História pelo Aya Laboratório https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70237 <p>O projeto <em>AYAcast: Tramas da História</em> consiste na produção de podcasts no formato de entrevistas, que surge como ação do programa de extensão Histórias Africanas e Indígenas: Olhares e Práticas na Educação, coordenado pelos professores Dr. Filipe Noé da Silva e Drª. Claudia Mortari, realizado pelo AYA Laboratório em parceria com a Emitai Produção Audiovisual. O <em>Tramas da História</em> é a segunda temporada do AYACast, trazendo entrevistas com os pesquisadores e pesquisadoras vinculados ao AYA, apresentando suas trajetórias de pesquisa que se comprometem com a produção de conhecimentos situados e na interlocução com os sujeitos da pesquisa. Dessa forma, o <em>Tramas da História</em> aborda os conhecimentos produzidos sobre, com e a partir de sujeitos negros, africanos e indígenas, bem como apresenta os desafios metodológicos de tais pesquisas. O presente trabalho visa discutir a produção desses materiais, trazendo o aspecto formativo da realização dessas produções para os bolsistas envolvidos, e demonstrar as potencialidades do projeto.</p> Leonardo André Rolim de Moura Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70237 Narrativas de resistência: Quadrinhos e poesia na luta contra desigualdades raciais e de gênero https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70236 <p>Este trabalho tem como objetivo relacionar as nuances emocionais, vínculos afetivos e estratégias de resistência enfrentadas pelos grupos negros no Brasil, conforme retratadas nas histórias em quadrinhos da dupla Leandro Assis e Triscila Oliveira.&nbsp; O quadrinho em análise, intitulado Amara (2023) transmite uma mensagem impactante sobre afeto em meio às inúmeras desigualdades, explorando medos, anseios, mas também a força e resistência. A obra estabelece um diálogo significativo com o poema "Tenho cem razões entre mil para querer ser feliz," da escritora Esmeralda Ribeiro, amplificando a profundidade de seu conteúdo. Este estudo busca abordar os modos como se dão os diálogos entre as duas mídias, juntamente com os conceitos de racismo e sexismo de Gonzales (1984) e a relação de racialidade ligada ao biopoder discutida por Carneiro (2023) que se propaga no Brasil até os dias de hoje.</p> Kely Xavier da Silva Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70236 Aproximação entre a reforma psiquiátrica e política de memória: investigando os acervos Museu Bisco do Rosário e Museu da Loucura https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70235 <p>O Museu da Loucura de Barbacena (1996) e o Museu Bispo do Rosário (1989) se apresentam como museus construídos onde anteriormente eram hospitais psiquiátricos, respectivamente o Hospital Colônia de Barbacena e o Hospital Colônia Juliano Moreira. Ambos os espaços podem ser considerados patrimônios marginais ou patrimônios difíceis na medida em que foram espaços de segregação e violação aos direitos humanos ao longo de sua história. A construção desses espaços de memória está inserida dentro do contexto da consolidação da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Ambos os museus apresentam, cada um a seu modo, narrativas que se relacionam direta ou indiretamente com as concepções de saúde e psiquiatria, que por sua vez, estão na essência do movimento da Reforma Psiquiátrica. São locais com peças que remontam uma nova perspectiva acerca dos considerados “loucos” na sociedade pós-ditadura militar e consequentemente trazem em suas práticas museais a possibilidade de análise discursiva dos impactos das transformações acarretadas pela Reforma Psiquiátrica no Brasil. O artigo tem como objetivo central identificar nas narrativas que constituem suas exposições e as escolhas de seus acervos, aproximações e afastamentos com as perspectivas da Reforma Psiquiátrica, compreendendo que a própria Reforma no Brasil é composta de ampla gama de posicionamentos e atores sociais por vezes discordantes entre si. Se faz necessário também, analisar esses espaços de museus como locais que possibilitam a amplificação dos debates atuais a respeito da saúde mental no contexto brasileiro. Enquanto patrimônios marginais, ou patrimônios difíceis, cabe questionarmos que narrativas são construídas nesses locais que possibilitam tratar da memória da Reforma Psiquiátrica para que, no presente, políticas de saúde mental sejam exercidas sem antigos estigmas e preconceitos.</p> Jonas João do Nascimento Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70235 Coletivo Quilombola da Unifesspa: O aquilombamento universitário como estratégia de permanência https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70233 <p>O artigo aborda a importância do Coletivo Quilombola da Unifesspa na trajetória acadêmica dos estudantes quilombolas, destacando a luta histórica dessas comunidades por inclusão e justiça social. A pesquisa revela que o aquilombamento universitário atua como um espaço de resistência e fortalecimento da identidade coletiva, essencial para a permanência dos estudantes em um ambiente acadêmico frequentemente excludente. As narrativas dos participantes evidenciam a conexão entre suas vivências acadêmicas e a herança cultural dos quilombos, reforçando o desejo de contribuir com suas comunidades de origem. O estudo também aponta a necessidade de reavaliar as políticas de ação afirmativa para promover uma inclusão mais efetiva, ressaltando a relevância das vozes quilombolas na construção de um futuro mais justo e plural no Brasil.</p> Gilvan Maciel Gomes Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70233 Jornal o Monitor: Debates sobre a instrução pública na província da Bahia (1876-881) https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70231 <p>O objetivo desse trabalho é investigar no jornal <em>O Monitor</em> os debates sobre instrução pública na província da Bahia entre os anos de 1876 e 1881. Nesta pesquisa busco apontar como o jornal <em>O Monitor</em> se apropriou, e reelaborou para o campo de disputas políticas e sociais baianas, das discussões acerca da instrução/educação como mecanismos de transformação social, no intuito de mobilizar a opinião pública para as mudanças propostas pelos editorialistas desse periódico. <em>O Monitor</em> publicou em suas páginas matérias sobre obrigatoriedade escolar, conferências pedagógicas, casas escolares e sua higiene, a educação para os ingênuos, o ensino misto e, com relativa frequência, sobre as mudanças nos regulamentos para a instrução pública.</p> Gleide Suelly Macedo dos Santos Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70231 “Alegria, povo meu, pois Canudos não morreu”: As comunidades eclesiais de base em Monte Santo em diálogo com a experiência histórica de Belo Monte/Canudos (1979-1989) https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70230 <p>O presente trabalho tem por objetivo estudar a experiência histórica das Comunidades Eclesiais de Base em Monte Santo durante os anos de 1980 e como o processo de se fazer comunidade foi, simultaneamente, resgatando a memória e os ensinamentos da experiência de Belo Monte/Canudos e Antônio Conselheiro, destruída no final do século XIX (1896-1897) pelas forças do exército brasileiro, realizando ao mesmo tempo sua própria experiência de libertação. Chamamos a atenção para o caráter formativo de uma outra consciência entre os camponeses, possível pelo entrelaçamento entre elementos da experiência do final do século XIX e a vivência concreta de luta pela terra na década de 1980 pelos camponeses. Resultado desse encontro, conforme tentamos demonstrar, foi a formação do Movimento Popular e Histórico de Canudos. Para tanto, recorremos à contextualização da formação agrária de Monte Santo e, a partir do material produzido pela imprensa à época e do Novo Movimento Popular de Canudos, apresentamos alguns aspectos da luta das comunidades.</p> Gildásio dos Santos Andrade Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70230 O poder público municipal, o museu do carnaval e a invisibilização da cultura popular negra em Florianópolis https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70229 <p>Nas últimas décadas, as discussões em torno da necessidade de afirmação de narrativas que viabilizem a contribuição histórica das populações negras na sociedade brasileira têm se tornado um campo de disputas. Em Santa Catarina, o ano de 1948 é um marco para o campo da História e suas projeções futuras. É o ano que data a realização do Primeiro Congresso de História Catarinense, patrocinado pelo Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina (IHGB), que tinha como objetivo comemorar o Segundo Centenário da Colonização Açoriana. Em contrapartida a valorização da cultura açoriana, nesse mesmo cenário, era proibido qualquer atividade lúdica da população negra em Florianópolis. Desta forma, pretende-se nesta comunicação analisar a ausência de ações voltadas para a preservação e divulgação da memória das escolas de samba de Florianópolis e suas implicações para a cultura negra local. Para que essas questões possam ser debatidas, recorre-se à utilização de fontes disponíveis on-line; A Lei 4.810/95 do município de Florianópolis que cria o Museu do Carnaval de Florianópolis, os cadernos de programação oficial do carnaval de Florianópolis.</p> Fernando Nilson Constâncio Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70229 Publicações sobre RAP e ensino de História em periódicos científicos nacionais (2013–2023) https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70228 <p>Referenciado em dados e partes da bibliografia da pesquisa parcial de mestrado do autor, o artigo tem como objetivo geral, a análise de nove artigos mapeados no portal de periódicos da CAPES, envolvendo RAP e ensino de História, produzidos entre 2013–2023. Para tal análise, se fez necessário pensar objetivos específicos, entre os quais: mapear as produções acadêmicas em seus vários aspectos, investigar o contexto em que surgem, juntamente com analisar as escolhas temáticas, musicais, objetivos, metodologias, conceitos, contribuições e referências utilizadas. Considera-se também, a importância das concepções de ensino e aprendizagem em História que embasam estas produções, e suas relações com as leis 10.639/03 e 11.645/2008.</p> Esdras da Silva Barbosa Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70228 Um debate entre o laço romântico e o não-dualismo em Murasaki Shikibu a partir de O Conto de Genji https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70227 <p>Este artigo almeja explicitar o fundamento em uma análise sobre as condições de gênero e na filosofia budista que possui a crítica ao casamento e à idealização do amor feita pela escritora japonesa Murasaki Shikibu, usando como base a sua Magnum opus "O Conto de Genji", escrita no início do século 11. A partir de uma vinculação traçada entre a idealização sofrida pelas personagens e o envolvimento amoroso, em grande parte matrimonial, destas com os homens, a crítica de Murasaki centra-se na consequência dessa conexão: o sofrimento das mulheres que protagonizam a obra. Relevando-se fatores como o ambiente enervante e competitivo do sistema matrimonial poligâmico e a ascensão do buddhismo Maaiana no Japão, é possível enxergar como "O Conto de Genji" utiliza a metafísica budista não só para contestar os perigos do dualismo presente na idealização do amor e, consequentemente, o casamento, mas também para apresentar a vida dedicada à iluminação espiritual como a fuga de todo o sofrimento mundano. Por mais específico e datado seja o contexto da obra trabalhada, o panorama traçado por Murasaki acerca das angústias vivenciadas pelas mulheres, que estão à mercê das convenções sociais e do desejo masculino, torna válida a sua abordagem de elementos e questões que atravessam o tempo.</p> Emilly de Souza Rodrigues Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70227 Futuro ancestral - Mulheres indígenas na política https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70223 <p>Este trabalho, que está em construção, germinou do documentário: “Aldear a Política”, que se encontra em seus últimos ajustes de finalização. Foi sonhado e construído de forma coletiva através do Programa Histórias Africanas e Indígenas: olhares e práticas na educação, no que tange as ações pensadas pelo Projeto Histórias Plurais do AYA (Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais), localizado no Centro de Ciências Humanas e da Educação (FAED) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) em Florianópolis/SC. O documentário busca trazer para debate a participação e atuação das mulheres indígenas na política partidária fazendo especificamente um recorte no estado de Santa Catarina. O documentário entrevistou quatro lideranças indígenas; Andenice Fiamoncini, Ingrid Sateré Mawé, Joziléia Kaingang e Kerexu Yxapyry. Com base nas discussões levantadas através dos encontros realizados pelo grupo de estudos do AYA Laboratório, bem como do documentário Aldear a Política, busca-se refletir os caminhos percorridos por lideranças indígenas, suas ramificações no que diz respeito ao atual cenário político brasileiro e alimentar a perspectiva de que outros futuros são possíveis.</p> Danieli Finaú Geraldo Correa Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 Percepções acerca da presença de afrodescendentes no Piauí: relações, conflitos e cultura (XVII-XIX) https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70222 <p>O presente trabalho explora os aspectos das africanidades constituídas no contexto dos diálogos atlânticos e sua inserção nas dinâmicas sociais, culturais e econômicas do Brasil, com ênfase na região do Piauí. Nesse contexto, o estudo investiga como as práticas culturais africanas e indígenas, suas cosmologias e modos de vida foram ressignificados no território piauiense, moldando relações sociais e culturais específicas da região. A pesquisa também problematiza a invisibilidade histórica frequentemente associada à presença afrodescendente no Piauí, trazendo à tona narrativas e experiências que ajudam a compreender a complexidade das interações entre africanos, afrodescendentes e outros grupos sociais ao longo dos séculos. Por fim, o estudo busca fortalecer a valorização da contribuição afrodescendente para a formação da cultura e da sociedade piauiense, promovendo uma reflexão crítica sobre memória, pertencimento e identidade cultural.</p> Carlos Eduardo da Silva Mendes Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 “Das escolas desse tempo" - A escola moderna n.º 1: Perspectivas de uma cultura escolar libertária no Belenzinho - São Paulo https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70221 <p>Este trabalho busca discutir a Escola Moderna n.º 1 a partir do viés conceitual de cultura escolar e de alguns elementos (atores, práticas e rituais organizativos), sob a compreensão da historicidade de uma escolarização em formação na cidade de São Paulo. As fontes utilizadas foram os órgãos de propaganda da Escola: o jornal O Início (1914, 1915 e 1916), o impresso Boletim da Escola Moderna (1918 e 1919), alguns jornais da imprensa operária paulista, fotografias da Escola de 1913 e outras fontes secundárias. A Escola Moderna n.º 1 foi uma experiência educacional não-estatal que existiu durante os anos de 1913 a 1919 na cidade de São Paulo, bairro Belenzinho. A pesquisa, fruto de uma Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) realizada nos anos de 2020 e 2021, foi aprofundada em Trabalho de Conclusão de Curso em 2022. Portanto, é um esforço de contribuição à História da Educação.</p> Bruna Novais Prado Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 O deslocamento ao continente africano: a possibilidade de uma (re)diáspora por meio de novas concepções artísticas de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Emicida https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70220 <p>Este trabalho tem como objetivo apresentar e apontar obras e viagens que demonstram a influência do continente africano nas produções culturais de Gilberto Gil, Jorge Ben Jor e Emicida, demonstrando assim a possibilidade de uma (re)diáspora enquanto conceito operativo para analisar essas mudanças e conexões. Sendo uma abordagem inicial, apresentada como projeto de pesquisa aprovado pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Por meio de idas e vindas no Atlântico construíram uma visão intergeracional intrínseca na negritude e na diáspora que dialogam com as memórias e experiências desses sujeitos negros. Tendo como fonte principal obras, entrevistas e documentários demonstrando como o continente negro impactou em suas concepções artísticas</p> Bruna Andrade Benjamim de Souza Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70220 Expedições para liberdade dominicana: a atuação do Movimiento 14 de Junio contra a ditadura trujillista (1959) https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70219 <p>O presente artigo tem por objetivo analisar como se organizaram as expedições realizadas pelos membros do <em>Movimiento 14 de Junio</em>, além de explanar as estratégias implementadas pelos líderes do agrupamento contra o sanguinário regime de Trujillo. Para tanto, foi necessário lançar mão dos estudos acerca da conjuntura retratada aqui, complementando essa análise com uma breve revisão de literatura sobre o movimento. Dessa forma, pôde-se inferir que o <em>14 de Junio</em>, enquanto um importante movimento de resistência na República Dominicana, promoveu as bases para os demais grupos que lutavam em prol da liberdade, garantindo a soberania dessa nação caribenha.</p> Alexandre Firmo dos Santos Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70219 Expediente https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70216 Conselho Editorial Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70216 Apresentação https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/rhufba/article/view/70218 <p>O <em>História nas Margens</em> é um evento organizado majoritariamente por discentes da graduação do curso de História e do Programa de Pós Graduação em História (PPGH) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Concebido com o objetivo de criar um espaço de divulgação científica e debate entre comunidade acadêmica e público externo. Sua primeira edição ocorreu na UFBA, entre os dias 4 e 8 de novembro de 2024, em formato presencial, nos campus de São Lázaro e Ondina (PAF I), em Salvador.</p> Conselho Editorial Copyright (c) 2025 2025-09-22 2025-09-22 12 1 10.9771/rhufba.v12i1.70218