As diversas faces da memória sob a ótica dos pensadores
DOI:
https://doi.org/10.9771/rfd.v8i0.66260Keywords:
memória, identidade coletiva, lugares de memória, pensamento filosóficoAbstract
Este artigo explora as diferentes concepções sobre a memória a partir da perspectiva de diversos pensadores. Inicialmente, realiza uma breve análise vocabular, considerando os dois campos semânticos derivados de mneme e de memória na língua francesa. No que se refere aos pensadores, o estudo apresenta uma reflexão concisa sobre suas contribuições. A perspectiva aristotélica é abordada a partir da ideia de que a memória é uma faculdade da alma, responsável por armazenar as impressões de experiências passadas. Nietzsche, por sua vez, destaca o papel do esquecimento como um privilégio, associando-o ao processo de digestão, o que proporciona uma nova visão sobre a relação entre o corpo e suas memórias. Bergson introduz a noção de virtualidade, suscitando uma análise profunda sobre a temporalidade. Maurice Halbwachs propõe uma reflexão sobre a interação entre a memória coletiva e a memória individual, enquanto o historiador francês Pierre Nora examina a importância dos "lugares de memória" na construção da identidade coletiva. Já Murguia, professor e pesquisador, considera a memória um espaço essencial para o diálogo entre arquivos, bibliotecas e museus. Dessa forma, este artigo contribui para o entendimento das múltiplas abordagens sobre a memória, destacando a diversidade de análises e interpretações ao longo da história do pensamento.
Downloads
References
ARISTÓTELES. Parva Naturalia. Tradução, textos adicionais e notas Edson Binni. São Paulo: Edipro, 2012.
BERGSON, Henri. Matéria e Memória: Ensaio sobre a Relação do Corpo com o Espírito. Tradução Paulo Neves. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. (Coleção Tópicos).
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Tradução Laurent Léon Schaffter. 2. ed. Paris: Presses Universitaires de France, 1968. Edição brasileira: São Paulo: Edições Vértice, 1990.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução Bernardo Leitão et al. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990. (Coleção Repertórios).
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MURGUIA, Eduardo Ismael. Memória: um lugar de diálogo para arquivos, bibliotecas e museus. São Carlos: Compacta Gráfica e Editora, 2010.
NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral. Tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Revista Projeto História, São Paulo, n. 10, p. 9-28, dez. 1993.
PEDROSA, L. P. de A.; LINHARES, O. B. A concepção aristotélica da memória. In: JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E MOSTRA DE INICIAÇÃO TECNOLÓGICA, XV; IX., 2019. Artigo. [S.l.: s.n.], 2019. p. 1-20. Disponível em: http://eventoscopq.mackenzie.br/index.php/jornada/xvjornada/paper/view/1564/1055. Acesso em: 23 mar. 2024.
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A memória em questão: uma perspectiva histórico-cultural. Educação & Sociedade, Campinas, v. 21, n. 71, p. 166-193, jul. 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/KVJmjgPbDQt56Jz3XXK9BRF/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 jul. 2024.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Claudia de Souza Estrela, Érica Maria da Paixão Santana, Luciana Dias Silva

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O(os) autor(es) do trabalho submetido a Revista Fontes Documentais declara(m):
- Declaro que participei suficientemente do trabalho para tornar pública minha responsabilidade pelo conteúdo.
- Declaro que o uso de qualquer marca registrada ou direito autoral dentro do manuscrito foi creditado a seu proprietário ou a permissão para usar o nome foi concedida, caso seja necessário.
- Declaro que todas as afirmações contidas no manuscrito são fatos são verdadeiras ou baseadas em pesquisa com razoável exatidão.
- Declaro que os direitos autorais referentes ao artigo agora submetido pertencerão à Revista Fontes Documentais, sendo permitido que outros possam distribuir, remixar, adaptar e criar a partir do deste trabalho, exceto para fins comerciais, desde que atribuído o devido crédito.