O “grito de revolta que percorreu o Mundo”

A Casa dos Estudantes do Império (CEI) e a crítica anticolonial ao lusotropicalismo no Boletim Mensagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/aa.v0i71.59040

Palavras-chave:

Salazarismo, Lusotropicalismo, Anticolonialismo, Pensamento afrodiaspórico

Resumo

A ditadura salazarista utilizou do seu império colonial como uma das bases do nacionalismo. Todavia, após o término da II Guerra Mundial, e com a pressão pela soberania dos povos, Salazar necessitou lançar mãos de instrumentos que legitimassem a organização e integridade do território ultramarino. Desse modo, o lusotropicalismo, amparado nas ideias de Gilberto Freyre, foi ferramenta importante para corroborar o discurso de singularidade civilizacional. Em paralelo, as práticas cotidianas de repressão, privações e segregação que se impunham nas colônias impulsionaram discursos e práticas opostas à teoria lusotropical, formulados por intelectuais nativos de territórios subordinados a Portugal. Por meio da análise de legislações da ditadura salazarista e de publicações de intelectuais angolanos, moçambicanos e cabo-verdianos, em diferentes estilos (prosa, poesia, manifestos), se propõe a análise desse espaço de tensão entre a retórica que corroborava o discurso oficial e as práticas repressivas e violentas presenciadas nas colônias.

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Biografia do Autor

Leonara Lacerda Delfino, Universidade Estadual de Montes Claros

 

 

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Publicado

2025-10-08

Como Citar

DELFINO, L. L.; CAZETTA, F. O “grito de revolta que percorreu o Mundo”: A Casa dos Estudantes do Império (CEI) e a crítica anticolonial ao lusotropicalismo no Boletim Mensagem. Afro-Ásia, Salvador, n. 71, p. 1–35, 2025. DOI: 10.9771/aa.v0i71.59040. Disponível em: https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/59040. Acesso em: 27 nov. 2025.

Edição

Seção

Artigos