O “grito de revolta que percorreu o Mundo”
A Casa dos Estudantes do Império (CEI) e a crítica anticolonial ao lusotropicalismo no Boletim Mensagem
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i71.59040Palavras-chave:
Salazarismo, Lusotropicalismo, Anticolonialismo, Pensamento afrodiaspóricoResumo
A ditadura salazarista utilizou do seu império colonial como uma das bases do nacionalismo. Todavia, após o término da II Guerra Mundial, e com a pressão pela soberania dos povos, Salazar necessitou lançar mãos de instrumentos que legitimassem a organização e integridade do território ultramarino. Desse modo, o lusotropicalismo, amparado nas ideias de Gilberto Freyre, foi ferramenta importante para corroborar o discurso de singularidade civilizacional. Em paralelo, as práticas cotidianas de repressão, privações e segregação que se impunham nas colônias impulsionaram discursos e práticas opostas à teoria lusotropical, formulados por intelectuais nativos de territórios subordinados a Portugal. Por meio da análise de legislações da ditadura salazarista e de publicações de intelectuais angolanos, moçambicanos e cabo-verdianos, em diferentes estilos (prosa, poesia, manifestos), se propõe a análise desse espaço de tensão entre a retórica que corroborava o discurso oficial e as práticas repressivas e violentas presenciadas nas colônias.
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