Os sobados de Kisama
origens, geografia e estratégias de resistência (século XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.9771/aa.v0i71.63185Palavras-chave:
Kisama, Angola, Sobas, Resistências, Conquistas Militares PortuguesasResumo
Entre os séculos XVII a XIX os territórios de Kisama, ao sul do rio Kwanza em Angola, foram palco de muitas batalhas travadas entre representantes dos interesses da Coroa portuguesa e as chefias da região. As lideranças locais articularam estratégias defensivas que garantiram a autonomia dos territórios da Kisama até as últimas décadas do século XIX. Fontes dos séculos XVII, XVIII e XIX descrevem os sobas de Kisama como rebeldes e ferozes inimigos dos portugueses, responsáveis por impedir a comunicação terrestre entre Luanda e Benguela, e também por impedir o trânsito de mercadores lusitanos e luso-africanos na região. Alguns sobas de Kisama mantiveram sua independência até as primeiras décadas do século XX, quando caíram sob o domínio colonial. Kisama foi um obstáculo ao avanço português na África Centro-Ocidental, devendo ser considerado uma das mais importantes áreas de resistência e insubordinação à dominação portuguesa. O objetivo deste artigo é, além de ratificar Kisama como território independente, problematizar limites e a extensão do que foi definido como “reino de Angola” ou “província de Angola” em fontes que ao descrever as áreas de controle da Coroa entre os séculos XVII e XVIII incluíram Kisama como parte de seus domínios.
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