Estudo epidemiológico da cardiomiopatia dilatada canina em pacientes atendidos em um serviço particular de cardiologia.
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i3.59108Palavras-chave:
coração, disfunção sitólica, ecodopplercardiograma, estudo retrospectivoResumo
Introdução: a cardiomiopatia dilatada (CMD) é uma doença miocárdica que afeta cães de grande porte, caracterizada por disfunção sistólica e dilatação ventricular. Fatores genéticos, nutricionais e imunomediados são implicados em seu desenvolvimento. Objetivo: analisar retrospectivamente dados clínicos e epidemiológicos de cães diagnosticados com CMD, em um serviço veterinário, correlacionando achados clínicos, ecocardiográficos e laboratoriais. Metodologia: o estudo incluiu 52 cães diagnosticados com CMD por meio de ecocardiograma. Foi critério de inclusão: cães com sopro, independentemente de alterações hemodinâmicas aparentes. Dados como idade, sexo, raça, sinais clínicos, parâmetros ecocardiográficos, exames laboratoriais e eletrocardiograma foram coletados e analisados estatisticamente para identificar correlações significativas. Resultados: a idade média foi de 75±11 meses, com predominância de machos e raças como Labrador, Pastor Alemão e Cocker Spaniel. Houve correlação positiva entre idade e pressão arterial, e entre intensidade do sopro e pressão arterial. Ruídos pulmonares e tosse mostraram correlação forte. Achados ecocardiográficos indicaram remodelamento cardíaco e disfunção sistólica. Discussão: os achados destacam que cães mais velhos e de grande porte são mais propensos à CMD. A correlação entre pressão arterial e intensidade do sopro sugere que o controle da pressão é crucial no manejo. A alta prevalência de arritmias reforça a gravidade da doença e a importância do monitoramento contínuo. Alterações laboratoriais, como elevação de enzimas hepáticas, indicam envolvimento sistêmico. Achados pulmonares associam-se à evolução e gravidade da doença. Conclusão: o estudo confirma a importância do diagnóstico precoce e do monitoramento contínuo, com utilização de achados clínicos, ecocardiográficos e laboratoriais para estratificação da CMD.
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