CINEMA INDÍGENA DE MULHERES: AUDIOVISUAL, CORPO, TERRA E GÊNERO NA OBRA ARTÍSTICA DE OLINDA YAWAR
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.13.1%20e%202.63258Palabras clave:
cine de mujeres indígenas; Olinda Yawar; Red Katahirine; Feminismos no blancos; Audiovisual y diferencia.Resumen
O audiovisual produzido no Brasil por cineastas indígenas constitui-se em uma ferramenta política de luta por direitos e de visibilização dos seus modos de vida, pautados na valorização de dinâmicas coletivas e no cuidado com a terra. É notável nos últimos anos um aumento de produções realizadas por mulheres, algumas disponíveis na plataforma Katahirine, uma rede audiovisual de cineastas mulheres indígenas lançada em 2022 para fortalecer e visibilizar suas produções. Dentre elas, elegemos o trabalho da cineasta Olinda Yawar, do povo Tupinambá e Pataxó Hãhãhãe, como foco de reflexões. A produção da artista conta com documentários, ficções e performances, conhecidas sobretudo pela atenção às causas ambientais. Nosso interesse é pensar como se dá, em algumas dessas obras, a articulação entre imagem, terra e corpo. Como Olinda elabora sua subjetividade por meio de imagens e sons? Quais potências suas narrativas expressam? Para tanto, acionamos algumas discussões, como a fabulação crítica de Saidyia Hartman também no sentido de elaborar uma reconstrução da teoria e praxis feminista decolonial e interseccional, incorporando questões como a relação corpo-território e situando os nossos lugares enquanto autoras, no esforço da construção de um diálogo a partir da coalizão de parentescos políticos.
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