MÉTODO CARTOGRÁFICO COMO DISPOSITIVO CLÍNICO-POLÍTICO NA PESQUISA COM MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.13.1%20e%202.59021Palabras clave:
Violência Doméstica, Cartografia, Métodos de Pesquisa, Grupos, Políticas PúblicasResumen
Trata-se de uma reflexão sobre fazer pesquisa e clínica com mulheres, de modo a abrir espaços para emergir suas potências, através da escuta e do estar junto no cotidiano e nas lutas coletivas. Configurando uma pesquisa-intervenção cartográfica, empreendida junto a um coletivo de mulheres acolhidas em uma Casa-Ocupação de referência para mulheres em situação de violência doméstica, narramos os procedimentos adotados ao longo do estudo, situando-os nos quatro níveis de atenção do cartógrafo, sugeridos por Virgínia Kastrup. A análise é produzida a partir de relatos dos diários de campo de seis pesquisadoras, dando voz aos efeitos de seus encontros com a Casa-Ocupação, pelas lentes da filosofia trágica de Nietzsche. O desfecho da intervenção conduz ao entendimento da importância do gesto de reconhecimento de si como protagonistas de suas histórias, afirmando a potência do desejo.
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