MULHERES NEGRAS E QUILOMBOLAS DE UMARIZAL: HISTÓRIAS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR

Autores/as

  • Rita de Cássia Barroso da Igreja UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ https://orcid.org/0009-0007-1198-3910
  • Francilene de Aguiar Parente Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.13.1%20e%202.63086

Palabras clave:

educação escolar quilombola

Resumen

Este artigo faz parte da dissertação em construção, “História e cultura dos ancestrais: Efeito da Lei nº 10.639/03 no currículo escolar quilombola da Escola Municipal de Ensino Fundamental de Umarizal no Município de Baião (PA)”. Empreende-se inferir o papel da mulher negra e quilombola no processo histórico social, na busca por igualdade de direitos na educação escolar e na sua atuação profissional. O objetivo é analisar as histórias das mulheres negras e quilombolas pertencentes à comunidade de Umarizal. Cujo referencial são os autores Benedita Celeste de M. Pinto (2004), Ângela Davis (2016) e Flávio Gomes (2015), que evidenciam as lutas e as participações dos movimentos e grupos sociais na garantia de seus direitos. Os resultados confirmam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres ao conciliarem os estudos com os afazeres domésticos e braçais. Desafios superados na garantia de seus direitos.

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Biografía del autor/a

Rita de Cássia Barroso da Igreja, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Licenciada em História pela Universidade Federal do Pará em 2017 e Licenciatura em Pedagogia em 2004. Especialista em História e Cultura Afro-brasileira desde de 2018. Pós-graduada em Administração Escolar, Supervisão e Orientação. Em 2019 pós-graduada em Educação Especial inclusiva pela Anhanguera UNIDERP. Professora na Secretaria Municipal de Educação no Município de Tucuruí há 15 anos nas séries iniciais do ensino fundamental, tendo experiência também no ensino médio quando trabalhou como professora de História no Projeto Mundiar por dois anos consecutivos na SEDUC -PA. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura pela UFPA.

Francilene de Aguiar Parente, Universidade Federal do Pará

Doutora em Antropologia (PPGA/UFPA); Mestre em Ciências Sociais, com área de concentração em Antropologia (PPGCS/UFPA); Graduada em Ciências Sociais (UFPA), com ênfase em Sociologia. Atualmente tem se dedicado aos estudos sobre a construção de identidades indígenas em contextos urbanos e formação específica e diferenciada de professores, na educação básica e superior. É professora do Programa de Pós-Graduação em Educação e Cultura (PPGEDUC/UFPA) e de Antropologia no curso de Etnodesenvolvimento, no Campus da UFPA em Altamira, que tem por objetivo a formação no ensino superior de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, com vistas à formação de professores e agentes de desenvolvimento local.É uma das coordenadoras do Grupo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (GEABI/UFPA/Campus Altamira), realizando pesquisas e atividades de extensão. Tem experiência na área de Antropologia, Sociologia e Metodologia Científica, atuando principalmente nas seguintes temáticas: etnoeducação; marcadores sociais da diferença e educação; educação diferenciada e interculturalidade; ações afirmativas no ensino superior; povos indígenas e comunidades tradicionais e educação; infância; saúde; gênero/família.

Citas

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Publicado

2025-08-13

Cómo citar

BARROSO DA IGREJA, R. de C.; DE AGUIAR PARENTE, F. . MULHERES NEGRAS E QUILOMBOLAS DE UMARIZAL: HISTÓRIAS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO ESCOLAR. Revista Feminismos, [S. l.], v. 13, 2025. DOI: 10.9771/rf.13.1 e 2.63086. Disponível em: https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/63086. Acesso em: 28 nov. 2025.

Número

Sección

DOSSIÊ; Gênero e feminismos em comunidades tradicionais e racializadas