EDUCAÇÃO POLÍTICA E GÊNERO: UM OLHAR PARA OS CADERNOS DE TEXTO DA MARCHA DAS MARGARIDAS DE 2023
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.13.1%20e%202.63255Keywords:
Marcha das Margaridas, Educação não sexista, Formação Política, Movimentos de Mulheres, Práticas EducativasAbstract
ABSTRACT: The Marcha das Margaridas (MM), is a strategic action carried out by rural women and by water and forest‘s women, whose moment of greatest visibility occurs every four years, in Brasília, when thousands of Margaridas from all over Brazil unite in march at the federal District. However, for the discussion proposed here, the moment of preparation for the MM is of interest. This article aims to work on the political formation aspect of the action, focusing on the text notebooks from the 7th edition of the March, which took place in 2023, in order to verify the themes worked on, the sensitive approaches to gender issues and the impacts produced in terms of political education for the Margaridas. To this end, we work with authors who discuss the relation between social movements and educational practices and an analysis of the set of booklets launched in 2023 is presented, based on five key themes to weave the discussion with a focus on issues crossed by gender: bodies-territory, the political participation and representation of women and the sexual division of labor. It is concluded that the formulation of the set of booklets constitutes a process of political formation for the women who prepare it and postulate it as material that subsidizes debates within the union bases. It is also understood that this material functions as a political memory of the MM, at the same time that it values the process of exchanges and learning between the Margaridas, strengthening and consolidating a continuous process of political formation.
Downloads
References
AGUIAR, Vilênia Venâncio Porto. Somos todas margaridas: Um estudo sobre o processo de constituição das mulheres do campo e da floresta como sujeito político. 2015. Tese (Doutorado em Ciências Sociais). Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. 2015.
ARROYO, Miguel G. Pedagogias em movimento: o que temos a aprender dos movimentos sociais. Currículo sem fronteiras, v. 3, n. 1, p. 28-49, 2003.
ARROYO, Miguel Gonzalez. Políticas de formação de educadores (as) do campo. Cadernos Cedes, v. 27, p. 157-176, 2007.
CONTAG. Anais do 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. 2013. http://www.contag.org.br/imagens/fanais-11cnttr_padrss.pdf
CONTAG. Caderno 1. Margaridas em Marcha Pela Reconstrução do Brasil e Pelo Bem
Viver. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 2. Democracia Participativa e Soberania Popular. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 3. Poder e participação política das mulheres. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 4. Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 5. Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 6. Proteção da natureza com justiça ambiental e climática. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 7. Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 8. Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 10. Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 11. Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 12. Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Caderno 13. Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo. Brasília, DF. 2023.
CONTAG. Política Nacional de Formação – PNF. Brasília, DF. 2022. Disponível em . Acesso em 4 fev. 2024.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação - uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. Trad. Kátia de Mello e Silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.
FREIRE, Paulo. Política e Educação: Ensaios. 5ª Ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001. (Coleção Questões de Nossa Época. v.23).
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal na pedagogia social. In: Proceedings of the 1. I Congresso Internacional de Pedagogia Social. 2006.
GOHN, Maria da Glória. Paulo Freire e a formação de sujeitos sócio políticos. Cadernos de Pesquisa Pensamento Educacional. v. 5, n. 8, p 17-41. 2009.
GOHN, Maria da Glória. Educação não formal nas instituições sociais. Revista Pedagógica, v. 18, n. 39, p. 59-75, 2016.
GOHN, Maria da Glória. Educação não formal: direitos e aprendizagens dos cidadãos (ãs) em tempos do coronavírus. Humanidades & Inovação, v. 7, n. 7, p. 9-20, 2020.
MOREIRA, Sarah Luiza Souza. A contribuição da Marcha das Margaridas na construção das políticas públicas de agroecologia no Brasil. 2019. Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós- Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2019.
MOREIRA, Sarah; THEODORO, Suzi Huff. A luta das mulheres trabalhadoras rurais da Contag: a Marcha das Margaridas em diálogo com o (s) feminismo (s). Estudos Sociedade e Agricultura, v. 31, n. 2. 2023.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.