CONSTRUÇÃO E APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE URBANO-AMBIENTAL DE SALVADOR (IQUASalvador)
DOI:
https://doi.org/10.9771/gesta.v0i2.54441Palavras-chave:
Ambiente urbano, Qualidade urbano-ambiental, Salvador, CapitalResumo
O objetivo do artigo é refletir sobre as assimetrias na qualidade do ambiente urbano em Salvador, a partir da análise do Índice de Qualidade Urbano-Ambiental (IQUASalvador), sua aplicação nos 160 bairros habitados de Salvador-Bahia, como também seu processo de construção. A construção do IQUASalvador envolveu um conjunto de etapas que buscou atender às recomendações da literatura e preservar as premissas da equipe de pesquisa da UFBA/UNEB, de modo a garantir um processo dialógico de construção coletiva, por meio de 13 passos, sendo consideradas na análise questões relativas à condição de classe social, raça, etnia e gênero. Os principais elementos que constituem o IQUASalvador são as dimensões: físico-natural; socioeconômica; de serviços e infraestrutura; de cultura e cidadania; e de bem-estar. Segundo a estrutura do IQUASalvador, em uma escala de 0 (qualidade inexistente) a 1 (qualidade máxima), a qualidade do ambiente urbano em Salvador tem uma variação de 0,34 a 0,83, com uma média de 0,54 e os valores menores nos bairros onde residem as populações de menor renda e negra (pretos e pardos). Um índice é uma tentativa de associar elementos, selecionados a partir de interesses e pontos de vistas, com o objetivo de fundamentar interpretações, como também a intervir na cidade, visando a transformação da qualidade do ambiente urbano. Conclui-se que a diversidade e desigualdade da qualidade do ambiente urbano em Salvador, que se materializa nas distintas formas de acesso a bens naturais, trabalho, serviços, infraestrutura urbana e cultura, são determinadas pela lógica de produção e reprodução da cidade – profundamente marcadas pelas lógicas predatória e rentista de capitais que conformam a cidade.
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