Órgãos e Organeiros da Real e Imperial Capela do Rio de Janeiro: de António José de Araújo a Pierre Guigon

Autores

  • Marco Aurelio Brescia Universidades Sorbonne-Paris IV e Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.9771/ictus.v12i1.34369

Palavras-chave:

órgãos da Real e Imperial Capela do Rio de Janeiro, António José de Araújo, Pierre Guigon

Resumo

Sabemos, por intermédio de um recibo de afinação assinado por António José de Araújo, organeiro da Real Capela do Rio de Janeiro, que a mesma contava com dois órgãos independentes em 1809. Com a morte do organeiro (c.1827), os instrumentos sofreram considerável abandono no que diz respeito a sua manutenção, uma vez que não se encontraram autênticos mestres na arte organária para ocupar o posto deixado por Araújo, situação que se prolongou até 1843, quando Pierre Guigon, organeiro francês, foi, então, provido no posto em questão. Guigon foi responsável pela transladação e reconstrução do grande órgão da Imperial Capela (1850-1852). Com base na rica, porém fragmentária, documentação relativa aos órgãos e organeiros da Real e Imperial Capela, conservada no Arquivo Nacional do Brasil, e em seu devido cruzamento com outras fontes impressas e documentais correlatas, procedemos, no presente artigo, a uma reconstrução historiográfico-organológica dos dois importantes instrumentos da Antiga Sé - Real e Imperial Capela do Rio de Janeiro.

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Biografia do Autor

Marco Aurelio Brescia, Universidades Sorbonne-Paris IV e Nova de Lisboa

Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Minas Gerais, Marco Brescia é Mestre em História da Arte pela Universidade Sorbonne-Paris IV (Catalogue des Orgues Baroques au Brésil: Architecture et Décoration). Atualmente, realiza estudos doutorais em Ciências Musicais, em co-tutela de tese entre as Universidades Paris-Sorbonne e Nova de Lisboa (La facture d’orgues en Galice au début du XVIIIème siècle et son rayonnement au Portugal et en Amérique Portugaise), sendo pesquisador do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical – UNL. Brescia é responsável pela edição crítica da integral de órgão de Melchor López (1759-1822), publicação do Consorcio de Santiago de Compostela, por ocasião dos 800 anos de consagração da catedral compostelana. Paralelamente a suas atividades acadêmicas, é organista titular do coro da Basílica Pontifícia de San Miguel de Madrid – Nunciatura Apostólica, desenvolvendo uma intensa carreira artística em países como Brasil, Peru, Portugal, Espanha, França, Itália, Inglaterra, Irlanda, Hungria e Eslováquia.

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Publicado

2011-10-10

Edição

Seção

Artigos