A MULHER NEGRA, EMPREGADA DOMÉSTICA E MÃE
REPRESENTAÇÕES NO CONTO BARRETIANO O FILHO DE GABRIELA
Palabras clave:
Maternidade negra; Trabalho doméstico; Subalternidade; Literatura barretiana.Resumen
Este artículo explora, a través del análisis del cuento O Filho de Gabriela, de Lima Barreto, cómo, ya a principios del siglo XX, en el contexto post-abolicionista brasileño, el autor plantea algunas cuestiones, como: la voz de la mujer negra subalterna frente al ejercicio de su maternidad y la relación entre género, raza y clase. El objetivo es reflexionar sobre la manera en que el autor arrojó luz sobre la situación económica y social de la mujer negra, al ocupar los roles de empleada doméstica y madre ante una Sociedad racista, patriarchal y capitalista. Así, se constata que está presente, en este cuento de Barreto, una representación de la mujer negra diferente a otras obras del canon literario, ya que diversos autores describieron a este personaje solo desde su servidumbre. En este sentido, predomina, en la literatura brasileña, el enfoque de los personajes negros resignados al poder hegemónico colonial, prohibidos de contradecir el sistema que mantiene características esclavistas. En contraposición a este aspecto, en O Filho de Gabriela, hay un personaje que se atreve a imponer su voz, desafiando las normas y revelando la complejidad y la resistencia de la mujer negra al intentar sobreponer su papel de madre al de empleada doméstica.
Descargas
Citas
BARRETO, Lima. O Filho de Gabriela. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz. (Org.) Contos completos de Lima Barreto. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 80-89.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Rio de Janeiro: Boitempo editorial, 2016.
DUARTE, Eduardo de Assis. Mulheres marcadas: literatura, gênero e etnicidade. Terra roxa e outras terras: Revista de estudos literários. Londrina, v. 17, p. 06-18, 2009.
EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza Martins de Barros; SCHNEIDER, Liane (org.). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Editora da UFPB; Idéia, 2005. p. 1-14.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
GIL, Gilberto. Drão. In: GIL, Gilberto. Raça Humana. Rio de Janeiro: Warner Music, 1984. Faixa 6. Disco de vinil.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: Caminhos Abertos pela lei 10.639. – Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, p. 39-62, 2005.
GONZÁLEZ, Lélia. De Palmares às escolas de samba, estamos aí. Mulherio, São Paulo, ano II, n. 5, p. 3, jan./fev., 1982
GONZÁLEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
hooks, bell. E eu não sou uma mulher?: Mulheres negras e feminismo. Trad. Bhuvi Libanio. 14. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2023.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014.
NASCIMENTO, Beatriz. A Mulher Negra e o Mercado de Trabalho. In: NASCIMENTO, Beatriz; RATTS, Alex (org.). Uma História Feita por Mãos Negras: Relações raciais, quilombos e movimentos. Rio de Janeiro: Zahar, p. 55-61, 2021.
RONCADOR, Sonia. O mito da mãe preta no imaginário literário de raça e mestiçagem cultural. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, [S. l.], n. 31, p. 129–152, 2011.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Lima Barreto e a escrita de si. Estudos Avançados, São Paulo, Brasil, v. 33, n. 96, p. 137–153, 2019.