A hora e a vez das mudanças climáticas

bem-viver, justiça climática e o novo Plano Nacional de Cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/pcr.v18i3.67403

Palavras-chave:

Plano Nacional de Cultura, Justiça Climática, Formação de Agenda

Resumo

Neste artigo, discutimos as tortuosas trajetórias de inserção da pauta das mudanças climáticas no âmbito das políticas federais de cultura. A partir de uma revisão teórica sobre as teorias de formação de agenda no campo das Políticas Públicas, relatamos e analisamos o processo de inserção dos conceitos de bem-viver e de justiça climática no bojo da 4ª Conferência Nacional de Cultura e na formulação da Lei do Novo Plano Nacional de Cultura. Enfatizamos, com nossa análise, a importância indispensável da identificação de uma janela de oportunidade e do seu aproveitamento por empreendedores de política pública. No caso discutido, com esses elementos foi possível estabelecer a pauta da justiça climática como uma agenda transversal.

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Biografia do Autor

Thaynah Gutierrez, Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

Graduada em administração pública e pós-graduada em Transição Energética e Direitos Humanos. Mestranda em Administração Pública e Governo pela FGV EAESP.

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Publicado

2025-10-11

Como Citar

Gutierrez, T., & Vianna Godinho Peria, P. (2025). A hora e a vez das mudanças climáticas: bem-viver, justiça climática e o novo Plano Nacional de Cultura. Políticas Culturais Em Revista, 18(edição especial), 130–150. https://doi.org/10.9771/pcr.v18i3.67403

Edição

Seção

Dossiê - Cultura e Mudanças Climáticas: Políticas para Regenerar o Mundo