Saberes tradicionais e justiça climática

a presença indígena na governança global e nas narrativas sobre a crise climática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/pcr.v18i3.67444

Palavras-chave:

Justiça climática, Povos indígenas, Saberes tradicionais, Governança climática, Comunicação

Resumo

O artigo analisa a inserção dos saberes tradicionais de povos indígenas nos fóruns internacionais de governança climática, destacando a importância da pluralidade cultural para respostas mais justas e efetivas ao problema. A partir do discurso do Cacique Raoni e da Declaração da Aliança Global dos Povos da Natureza, durante a COP 21, discute-se como a comunicação pode promover a inclusão de visões historicamente marginalizadas. Defende-se a valorização de formas diversas de conhecimento como condição primária para políticas sustentáveis, reforçando a necessidade de transformar estruturas decisórias excludentes.

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Biografia do Autor

Cilene Victor

Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), onde é líder do grupo de pesquisa "Jornalismo Humanitário e Media Interventions" (HumanizaCom), professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, e docente responsável pelo Projeto de Extensão Montanhão - UMESP - Intercâmbio de Conhecimentos e Saberes para a Construção de Resiliência, Justiça Socioambiental e Adaptação à Emergência Climática. É professora das disciplinas de Comunicação de Riscos e Mudanças Climáticas - Abordagem Transdisciplinar no FGV LAW. Tem pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Gestão do Território, área de concentração Gestão de Riscos Ambientais e Urbanos, da Universidade Federal do ABC (UFABC), doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, com tese na área de Comunicação de Riscos Ambientais e Tecnológicos, mestrado em Comunicação Científica e Tecnológica, especialização em Comunicação Aplicada à Saúde e bacharel em Jornalismo.Exerce a docência superior desde 1995, com atuação nos cursos de Comunicação, especialmente de Jornalismo. Atua como jornalista e pesquisadora no campo da comunicação de riscos, dos recursos de media interventions, do jornalismo humanitário e de paz e suas interfaces com temáticas como conflitos, guerras, sustentabilidade, desastres e mudanças climáticas. Tem pesquisado e desenvolvido projetos focados no papel da comunicação no contexto das mudanças climáticas, da sustentabilidade e da redução de riscos de desastres - RRD. No escopo do HumanizaCom, fundou a Global South Perspectives Network, em parceria com a Foundation for Global Governance and Sustainability (FOGGS), sediada na Bélgica, e o Inclusive Society Institute (ISI), sediado na África do Sul. Atualmente, é bolsista de extensão no projeto Fortalecimento das políticas públicas de prevenção de riscos de desastres, Fiocruz/Ministério das Cidades. Coordenou as áreas de Comunicação de Riscos e Difusão (02/2023-12/2024) e Processo Participativo (03/2024 a 12/2024) do projeto de desenvolvimento PNUD - Projeto de Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017 - Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. Foi consultora da Unesco, categoria "consultoria por produto", assistindo ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em um projeto que visava o estudo e o desenvolvimento de sistemas de alertas, no nível nacional, para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden. Como jornalista de ciência e meio ambiente desde 1991, tem atuado como comentarista, colunista de veículos da área e editora de revistas especializadas. No jornalismo, na docência e na pesquisa, também tem buscado trabalhar com narrativas que associem os impactos das mudanças climáticas à crise humanitária, com foco nas migrações forçadas. Desde 1991 tem coberto conferências da ONU, dentro e fora do Brasil, e nos último anos tem se dedicado à cobertura das crises humanitárias, da temática da paz e da justiça em diversos países.

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Publicado

2025-10-11

Como Citar

Victor, C., & Edoa, L. (2025). Saberes tradicionais e justiça climática: a presença indígena na governança global e nas narrativas sobre a crise climática. Políticas Culturais Em Revista, 18(edição especial), 41–62. https://doi.org/10.9771/pcr.v18i3.67444

Edição

v. 18 n. edição especial (2025): Dossiê - Cultura e Mudanças Climáticas: Políticas para Regenerar o Mundo

Seção

Dossiê - Cultura e Mudanças Climáticas: Políticas para Regenerar o Mundo

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