Desejos e Afetos nas Organizações: as Contribuições de Espinosa para um Estudo Crítico
Palavras-chave:
Espinosa, desejo, afeto, organizaçõesResumo
Ao contemplar a complexidade filosófica dos afetos e do desejo como potência, este ensaio teórico tem como objetivo discutir criticamente a dinâmica do desejo e dos afetos nas organizações contemporâneas, tendo Espinosa como a principal inspiração teórica. O estudo se caracteriza como teórico-crítico, contra hegemônico, que se apoia em um processo de transformação sócioorganizacional, à medida em que resiste ao discurso homogeneizante, totalitário, de reificação e instrumentalização; denunciando modalidades de captação e sequestro de subjetividades. Refletir, nessa perspectiva, implica em desvelar aspectos que encobrem estratégias de dominação e instrumentalização do sujeito a partir do desenvolvimento de políticas e práticas de gestão de pessoas, que usurpam da potência que emanam o desejo do trabalhador e gerenciam os afetos de acordo com seus próprios interesses. Nessa dinâmica, as organizações buscam alcançar a adesão entusiasmada do empregado, que investe todo o seu potencial inovador, criativo e afetuoso na esperança de alcançar afetos positivos que possam dar significado à sua existência. E Espinosa, em suas reflexões desenvolvidas tanto em nível ontológico quanto político, se torna uma fonte rica para se pensar a relação indivíduo-empresa, especialmente quando partimos de seus posicionamentos
sobre liberdade, servidão, valorização da multiplicidade, perseverança na existência e a potência de agir
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