Entre a “Afetividade-Ético-Política” e a “Política dos Afetos”: Intersubjetividade, Alteridade e Psicanálise de Grupos
Palavras-chave:
afetividade ético-política, agir comunicativo, psicanálise, teoria críticaResumo
O objetivo desse artigo é evidenciar que para além de compreender os conteúdos conscientes que motivam as ações sociais, é necessário levar os sujeitos e os grupos a conseguirem identificar os recalques individuais e as repressões sociais, de modo a conhecerem suas disposições inconscientes. Assinala-se que ambos, consciência e inconsciente, mobilizam os afetos e podem se converter em “afetividade ético-política”, com o auxílio da psicanálise individual e grupal, nos desafiando a superar a “política dos afetos”. Busca-se compreender a possibilidade de transposição do trabalho realizado pela psicanálise para grupos sociais, como forma de superar assimetrias discursivas e provocar autorreflexão individual e coletiva, aprimorando a ação comunicativa, pois são os processos intersubjetivos e as condições de alteridade que geram afetividade ético-política, repercutindo na formação de sujeitos políticos e coletivos. Para isso, na primeira seção, trata-se do conceito de afetividade ético-política, tendo como base as elaborações de Brandão (2012). Em seguida, aborda-se a teoria do agir comunicativo em Habermas (2012), evidenciando-se as simetrias entre o conceito de afetividade ético-política e o conceito de ação comunicativa. Na terceira seção, discute-se, como consciente e inconsciente interpelam os conceitos anteriormente abordados, apontando a psicanálise de grupos como chave para a autorreflexão individual e coletiva.
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