Entre versos e correntes

a questão da bicicleta na poesia de Nicanor Parra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v3i20.57394

Resumo

O conceito de “carrocracia” (Trói, 2017) nos serve de plataforma para a problematização acerca dos aparatos de dominação neoliberal – centrados no individualismo radical, daí a dominância do automóvel particular na esteira do planejamento urbano sob a lógica rodoviarista – na era do Antropoceno e, por que não dizer, na era do Capitaloceno (Haraway, 2016). É dessa sorte que este estudo pretende investigar um aspecto da poesia do artista chileno Nicanor Parra a partir da visagem/símbolo da bicicleta: qual é o lugar que o modal ocupa nessa poética? Há, de maneira deliberada, um tensionamento entre linguagem e vida na reiterada representação do modal no transcorrer de sua obra? Na análise, integramos o repertório advindo da crítica literária (Campos, A. de; Gallardo, 2004; Grandón, 2014; Valverde, 2022) com os estudos urbanos (Carmelini; Mizoguchi, 2022), além das contribuições produzidas pela militância organizada pela bicicleta e pelo direito à cidade (Ludd, 2005; Furness, 2013; Augé, 2009).

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Biografia do Autor

Rafael Passos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestrando em Literatura Comparada pelo Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem (PPgEL) da UFRN, na linha de pesquisa poéticas da modernidade e da pós-modernidade. Áreas de interesse: teoria/crítica de literatura e de cinema.

Francisco Passos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Formado em história, licenciatura, pela UFRN. Mestrando em Estudos Urbanos e Regionais (PPEUR), também pela UFRN. Pesquisa no mestrado sobre ciclomobilidade no município de Natal/RN. Interessa-se, em termos de pesquisa, por temas como história da América Latina, mobilidade urbana, ciclomobilidade, cicloativismo, direito à cidade, urbanidades, fotografia, literatura, música, literatura, moda.

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Publicado

2024-12-04

Como Citar

Passos, R., & Passos, F. . (2024). Entre versos e correntes: a questão da bicicleta na poesia de Nicanor Parra. Revista Periódicus, 3(20), 166–184. https://doi.org/10.9771/peri.v3i20.57394