Um apartamento em alto hospício
crônicas de uma mutação piranha
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v2i21.61826Resumo
Alto Hospício é uma região no deserto do Atacama, Chile, na qual se encontra o maior “lixão” de roupas descartadas de vários países do Norte global oriundas do fast fashion, produzidas para serem usadas e jogadas fora. São sessenta mil toneladas de roupas descartadas todo ano, cujo custo ambiental para o Planeta é altíssimo. Nesta crônica são traçadas narrativas sobre a experiência de viver na precariedade. A ideia é pensar o lixo, a bagaceira, como um espaço de potência, mas não só. Procura-se identificar o fracasso do neoliberalismo como também uma derrota de gênero. Através da ideia de piranha (o fracasso no interior da categoria mulher), ou piranhidade (como devir) em que se procura construir uma imaginação política que valida as estéticas dos feísmos e da artificialidade camp de Sontag, ao mesmo tempo em que são produzidos caminhos teóricos em diálogos com Haraway, Despentes, Anzaldúa e Viveiros de Castro. A proposta é abordar as relações que são tecidas entre peças recicláveis em composição queer com outras espécies.
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