O poder público municipal, o museu do carnaval e a invisibilização da cultura popular negra em Florianópolis
DOI:
https://doi.org/10.9771/rhufba.v12i1.70229Resumo
Nas últimas décadas, as discussões em torno da necessidade de afirmação de narrativas que viabilizem a contribuição histórica das populações negras na sociedade brasileira têm se tornado um campo de disputas. Em Santa Catarina, o ano de 1948 é um marco para o campo da História e suas projeções futuras. É o ano que data a realização do Primeiro Congresso de História Catarinense, patrocinado pelo Instituto Histórico Geográfico de Santa Catarina (IHGB), que tinha como objetivo comemorar o Segundo Centenário da Colonização Açoriana. Em contrapartida a valorização da cultura açoriana, nesse mesmo cenário, era proibido qualquer atividade lúdica da população negra em Florianópolis. Desta forma, pretende-se nesta comunicação analisar a ausência de ações voltadas para a preservação e divulgação da memória das escolas de samba de Florianópolis e suas implicações para a cultura negra local. Para que essas questões possam ser debatidas, recorre-se à utilização de fontes disponíveis on-line; A Lei 4.810/95 do município de Florianópolis que cria o Museu do Carnaval de Florianópolis, os cadernos de programação oficial do carnaval de Florianópolis.