INTERSECCIONALIDADES ENTRE O ETARISMO E O CONSUMISMO: O EPISTEMICÍDIO GERACIONAL DE UMA SOCIEDADE MERCADOLÓGICA
THE GENERATIONAL EPISTEMICIDE OF A MARKET-ORIENTED SOCIETY
DOI:
https://doi.org/10.9771/rppgd.v35i0.69772Palavras-chave:
Consumismo, etarismo; epistemicídio geracional, modernidade líquida.Resumo
O artigo investiga as interseccionalidades entre o etarismo e o consumismo, analisando como esses fenômenos sociais produzem a marginalização de corpos envelhecidos e a exclusão de saberes tradicionais em uma sociedade neoliberal. O estudo parte da historicidade do termo etarismo e de sua evolução conceitual, introduz o conceito de epistemicídio e examina sua conexão com o apagamento simbólico do conhecimento das pessoas idosas. A discussão teórica resgata reflexões de filósofos clássicos e modernos sobre a velhice, incluindo Platão, Aristóteles, Cícero, Sêneca e Simone de Beauvoir, para compreender como diferentes épocas trataram a experiência do envelhecimento. O texto também analisa a contribuição de Zygmunt Bauman ao conceituar a modernidade líquida e a lógica consumista, que intensificam a padronização dos corpos e reforçam a marginalização de idosos. Além disso, explora a atuação do biopoder, em Foucault, e os impactos do capitalismo de vigilância e da discriminação algorítmica na consolidação de um epistemicídio digital. A metodologia empregada consiste em pesquisa bibliográfica e documental, com abordagem interdisciplinar voltada para teorias críticas. Os resultados evidenciam que o neoliberalismo, ao valorizar a produtividade e a juventude, reforça a exclusão social e epistêmica da população idosa. Conclui-se que a fusão entre etarismo, consumismo e epistemicídio gera uma sociedade mercadológica que desvaloriza a memória, o saber acumulado e a dignidade da velhice, exigindo resistências teóricas e práticas que promovam inclusão e reconhecimento.
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