RE-UNIR AXÉ: PRÁTICAS DE LEMBRANÇA EM COMUNIDADES-TERREIRO

Autores

Palavras-chave:

Herança-cultural-africana, Memória-em-terreiros, Territórios-afrodiaspóricos

Resumo

A presente comunicação tem por objetivo refletir sobre a patrimonialização de terreiros de candomblé e sobre os usos de suas heranças culturais, com base em comunidades e cultos que foram desmantelados. Para tanto, retoma-se a experiência de produção do podcast Terreiros da Memória que, a partir dos procedimentos metodológicos da pesquisa biblioiconográfica e de entrevistas semi-estruturadas, buscou recuperar a arquitetura física e simbólica do culto a Baba Igunukô e dos terreiros Língua de Vaca (Ijexá), Tuumba do Mar (Angola), Ilê Ogunjá (Ijexá/Ketu) e Ile Axé Ibá Ogum (Ketu). Assim, o cerne da questão a ser perseguida reside nos usos da perda e do aparente desaparecimento das forças vitais plantadas em cada comunidade. Em outras palavras, se é possível aprender de ambientes que tem resistido às intempéries do tempo, também é possível aprender de memórias que já não estão ancoradas em um local erigido, se não nos corpos-arquivos de quem viveu a realidade empírica ou foi parte da cadeia de transmissão de informações. De modo que ‘perda’, ‘desaparecimento’ adquirem nuances particulares de gatilhos de memória sobre afetos: pessoas, lugares, ritos, entidades, paisagens, estratégias — que pairam sobre nós à espera da reunião.

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Publicado

2025-01-18

Como Citar

AMORIM, L. B. V., FELIX, R. W. R., & SILVA, J. O. da. (2025). RE-UNIR AXÉ: PRÁTICAS DE LEMBRANÇA EM COMUNIDADES-TERREIRO. Salvador E Suas Cores, 1(8). Recuperado de https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/ssc/article/view/65541