RE-UNIR AXÉ: PRÁTICAS DE LEMBRANÇA EM COMUNIDADES-TERREIRO
Palavras-chave:
Herança-cultural-africana, Memória-em-terreiros, Territórios-afrodiaspóricosResumo
A presente comunicação tem por objetivo refletir sobre a patrimonialização de terreiros de candomblé e sobre os usos de suas heranças culturais, com base em comunidades e cultos que foram desmantelados. Para tanto, retoma-se a experiência de produção do podcast Terreiros da Memória que, a partir dos procedimentos metodológicos da pesquisa biblioiconográfica e de entrevistas semi-estruturadas, buscou recuperar a arquitetura física e simbólica do culto a Baba Igunukô e dos terreiros Língua de Vaca (Ijexá), Tuumba do Mar (Angola), Ilê Ogunjá (Ijexá/Ketu) e Ile Axé Ibá Ogum (Ketu). Assim, o cerne da questão a ser perseguida reside nos usos da perda e do aparente desaparecimento das forças vitais plantadas em cada comunidade. Em outras palavras, se é possível aprender de ambientes que tem resistido às intempéries do tempo, também é possível aprender de memórias que já não estão ancoradas em um local erigido, se não nos corpos-arquivos de quem viveu a realidade empírica ou foi parte da cadeia de transmissão de informações. De modo que ‘perda’, ‘desaparecimento’ adquirem nuances particulares de gatilhos de memória sobre afetos: pessoas, lugares, ritos, entidades, paisagens, estratégias — que pairam sobre nós à espera da reunião.
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