Pensar a paisagem a partir do pensamento de terreiro: Uma introdução ontológica sobre o ‘paisagismo afro-brasileiro
Palavras-chave:
Terreiro, Paisagem-cultural, Religião-de-matriz-africana, Ontologia, PaisagismoResumo
O artigo visa compreender a cosmovisão dos adeptos e praticantes de religiões de matriz africana e indígena, e como isto influencia a formação da paisagem brasileira e o pensamento teórico sobre ela. Entretanto, como referência na história do paisagismo, essa matriz está ausente ou ocupa uma posição residual, em parte, devido aos desdobramentos dos processos socioeconômicos da colonização, e da colonialidade que excluem os povos marginalizados pelas perspectivas hegemônicas e pelo capitalismo global, do quadro civilizatório. De modo introdutório é abordado, como de maneira ontológica os povos africanos e seus descendentes fizeram esse translado, ou travessia, do modus vivendi e a sua concepção entre cultura e natureza, e a relação entre homem, espaço e paisagem. Das casas de religiões de matriz africana, provêm um pensamento da paisagem próprio, que se afastando do desígnio pictórico, centra-se num complexo de saberes e práticas em torno da vegetação, do respeito à natureza e da cultura de cura. Neste contexto argumenta-se que o espaço é crucial para as populações afrobrasileiras, indígenas e comunidades de terreiro, pela relação inata com a terra e o território. Assim será debatido e levantado a importância destas casas, para o pensamento teórico e crítico da paisagem sob um ponto de vista de um ‘paisagismo afro-brasileiro’.
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