A RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA NA OBRA DE LINA BO BARDI: UMA ANÁLISE DA EXPOSIÇÃO BAHIA NO IBIRAPUERA, 1959
Palavras-chave:
Religiosidade-afro-brasileira, Lina-Bo-Bardi, Exposição-Bahia-no-Ibirapuera, Candomblé, Cuntura-popularResumo
A exposição "Bahia no Ibirapuera" (1959), organizada por Lina Bo Bardi, marcou um momento crucial na valorização da cultura afro-brasileira no cenário artístico nacional. Realizada em São Paulo, a exposição trouxe para o público do sudeste brasileiro a complexidade cultural da Bahia, com destaque para a religiosidade de matriz africana. Este artigo analisa como a curadoria de Lina Bo Bardi conseguiu capturar e transpor o espírito das práticas religiosas afro-brasileiras, especialmente do Candomblé, para o espaço expositivo. Através de uma cuidadosa disposição de objetos litúrgicos, esculturas e elementos simbólicos, Lina criou uma narrativa espacial imersiva que refletia os valores espirituais e estéticos dessas tradições. Além disso, a exposição estabeleceu conexões entre os conceitos de espaço sagrado afro-brasileiro e a arquitetura expositiva, mostrando o profundo respeito da curadora pela cultura popular. A importância da exposição reside em seu impacto cultural e na forma como ela desafiou as hegemonias artísticas dominantes, ao colocar em evidência a cultura afro-brasileira como parte essencial da identidade nacional. O legado de "Bahia no Ibirapuera" permanece como um exemplo de como a arte e a arquitetura podem atuar como mediadores entre diferentes expressões culturais
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