Telas para “Nunca Más”: apontamentos sobre o cinema argentino contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.9771/contemporanea.v23i0.67658Palabras clave:
Cinema argentino, memória ditatorial, “Nunca más”, Argentina, 1985, Los delincuentesResumen
Este estudo parte do cinema argentino contemporâneo e suas rimas e ecos com o cinema nacional produzido no contexto neoliberal pós-ditadura, designado como Nuevo Cine Argentino (NCA) e contraposto à reconciliação amnésica proposta pelo governo de Carlos Menem. Enquanto o NCA é revitalizado pela redemocratização no país – trazendo inovações tecnoestéticas em confluência com a pregnante memória pós-ditatorial –, o cinema se movimenta, em 2023, diante do momento político marcado pela eleição de um presidente que minimiza os efeitos da ditadura: Javier Milei. Objetiva-se examinar aspectos de construção, efeitos de sentido e potência nos filmes Argentina, 1985, dirigido por Santiago Mitre, em 2022, e Los delincuentes, direção de Rodrigo Moreno, em 2023, ambos de grande circulação no período pré e pós-eleição de Milei. Nota-se uma vertente da cinematografia nacional que, ocupando-se do passado repressivo e flagrando no presente indícios de recrudescimento de sistemas autoritários, se posiciona contra a ditadura. Diante dos ataques perpetrados por políticas repressivas e pela negação da violência ditatorial, sintomaticamente o cinema reage, colocando em tela as mazelas antidemocráticas.
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Citas
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FILMOGRAFIA
ARGENTINA, 1985. Direção: Santiago Mitre. Argentina; Estados Unidos; Reino Unido, 2022. 1 filme (140 min.).
EL SECRETO DE SUS OJOS. Direção: Juan José Campanella. Argentina. 2010. 1 filme (129 min.).
LA HISTORIA OFICIAL. Direção: Luis Puenzo. Argentina. 1985. 1 filme (112 min.).
LOS DELINCUENTES. Direção: Rodrigo Moreno. Argentina; Brasil; Chile; Luxemburgo, 2023. 1 filme (190 min.).
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