CHANTAL MOUFFE ENTRE A TEORIA E A ESTRATÉGIA: da normatividade democrática ao populismo de esquerda como intervenção política

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.66253

Palavras-chave:

Chantal Mouffe, Teoria democrática, Agonismo, Pluralismo radical, Populismo de esquerda

Resumo

Este artigo propõe uma leitura não convencional da obra de Chantal Mouffe, abordando conjuntamente duas dimensões frequentemente tratadas de forma isolada pelos comentadores: seus diagnósticos normativos e suas respostas estratégicas à chamada “crise das democracias liberais”. A primeira, de caráter teórico, problematiza as teorias deliberacionistas e expõe o que denominamos “centrismo normativo”. A segunda, voltada à intervenção política, critica o “centrismo político”, caracterizado pela hegemonia da “terceira via” e pela ausência de projetos alternativos que possam radicalizar os princípios ético-políticos da democracia. Diferentemente da tendência predominante na literatura secundária, que enfatiza um ou outro aspecto da obra de Mouffe, esse estudo demonstra como, em seus textos de análise conjuntural, a autora mobiliza os conceitos fundamentais de sua teoria – antagonismo, poder e pluralismo social – para apresentar alternativas concretas de mobilização política. Ao articular essas duas dimensões, evidenciamos a coerência teórica subjacente ao seu pensamento e exploramos alguns questionamentos para atualizar seu diagnóstico à luz da conjuntura contemporânea.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

André da Silva, Universidade Estadual de Maringá

Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Coordena o Grupo de Pesquisa Teoria Política, Democracia e Sociedade (CNPq), é membro do Núcleo de Pesquisa em Participação Política (NUPPOL/UEM) e do Grupo de Estudos em Teoria Política (GETePol/UEL). Integra a equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Representação e Legitimidade Democrática (INCT-ReDem). Desenvolve pesquisas nas áreas de teoria política e teoria democrática. Publicou recentemente, entre outros trabalhos: “From the Environment to Green Democracy: Environmentalism, Social Movements, and the State in the Environmental Policy Debate”, Brazilian Political Science Review, v. 18, p. 1-43, 2024; “Democracia, representação política e populismo na era das tecnologias digitais”, Lua Nova: Revista de Cultura e Política, v. 1, p. 1-42, 2024; “El populismo y la crisis de la democracia: la soberanía popular en disputa”, Revista Uruguaya de Ciencia Política, v. 32/2, p. 145-168, 2023; e “Esfera pública e democracia no pensamento de J. Rawls, J. Habermas e C. Mouffe: teorias políticas e democráticas em debate”, Lua Nova, v. 116, p. 275-334, 2022.

Felipe Calabrez, Instituto de Estudos Políticos de Paris

Doutor em Administração Pública e Governo pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP-FGV), mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pós-doutor pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Representação e Legitimidade Democrática (INCT-ReDem), com estágio realizado no CEVIPOF – Sciences Po (Paris). É membro do Grupo de Estudos em Teoria Política (GETePol). Atua nas áreas de economia política, teoria do Estado e capacidade estatal. É autor do livro Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social (Curitiba: Intersaberes, 2019). Publicou recentemente, entre outros trabalhos: “Capacidade estatal e dívida pública no Brasil: o caso da Secretaria do Tesouro Nacional”, Revista de Sociologia e Política, v. 28, p. 1-18, 2020; e “Building policy capacity within contextual and political boundaries: an analysis of policies in fiscal and social areas in Brazil (1988-2016)”, Revista do Serviço Público, v. 71, p. 7-37, 2020.

Raniery Parra Teixeira, Universidade de Brasília

Doutor e mestre em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e bacharel em Direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal. É membro do Grupo de Estudos em Teoria Política (GETePol) e do Grupo de Pesquisa Teoria Política, Democracia e Sociedade (CNPq) e pesquisador do projeto “Estado, cidadania e democracia: Rumo à nova era da política digital? Problemas, tensões e aporias da teoria política contemporânea” (CNPq). Atua nas áreas de teoria política e teoria democrática, com ênfase nas interseções entre religião, política, populismo e democracia. Publicou recentemente, entre outros trabalhos: “Democracia, representação política e populismo na era das tecnologias digitais”, Lua Nova: Revista de Cultura e Política, v. 1, p. 1-42, 2024; “El populismo y la crisis de la democracia: la soberanía popular en disputa”, Revista Uruguaya de Ciencia Política, v. 32/2, p. 145-168, 2023; e “Contra o gênero: a ‘ideologia de gênero’ na Câmara dos Deputados brasileira”, Revista Brasileira de Ciência Política, n. 38, p. 1-40, 2022.

 

CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA:

André da Silva – Conceitualização. Visualização. Escrita - esboço original.

Felipe Calabrez – Conceitualização. Visualização. Escrita - esboço original.

Raniery Parra Teixeira – Conceitualização. Visualização. Escrita - esboço original.

Referências

AKKERMAN, Agnes; MUDDE, Cas; ZASLOVE, Andrej. How Populist Are the People? Measuring Populist Attitudes in Voters. Comparative Political Studies, [s.l.], v. 47, n. 9, p. 1324-1353, 2014.

BENHABIB, Seyla. Sobre um modelo deliberativo de legitimidade democrática. In: WERLE, D.; MELO, R. S. (ed.). Democracia deliberativa. São Paulo: Esfera Pública, 2007. p. 115-144.

BENHABIB, Seyla. Breve reflexões sobre o populismo (de esquerda ou de direita). Trad. Adriana P. Matos. Dissonância: Revista de Teoria Crítica, [s.l.], v. 3, n. 2, Dossiê Theodor W. Adorno, 2º Sem., p. 372-383, 2019.

BERMAN, Sheri. The causes of Populism in the West. Annu. Rev. Political Science, [s.l.], v. 24, p. 71-88, 2021.

BRAY, Michael. Ernesto Laclau and Chantal Mouffe’s Post- Marxism Can’t Give Us a Political Strategy. Jacobin, 11 jul. 2023. Disponível em: https://jacobin.com/2023/07/leftpopulism-laclau-mouffe-post-structuralism-politics-class. Acesso em: 10 maio 2025.

BOBBIO, Norberto. The future of democracy: A defense of the rules of the game. London: Polity Press, 1987.

BURITY, Joanildo. Um momento populista na religião? Ciencias Sociales y Religión / Ciências Sociais e Religião, Campinas, v. 25, p. 01-19, 2023.

CASSIMIRO, Paulo Henrique Paschoeto. Os usos do conceito de populismo no debate contemporâneo e suas implicações sobre a interpretação da democracia. Revista Brasileira de Ciência Política, [s.l.], n. 35, e242084, p. 1-52, 2021.

COHEN, Joshua. Democracy and Liberty. In: ELSTER, J. (ed.). Deliberative Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. p. 185-231.

CUNNINGHAM, Frank. Teorias da Democracia: uma introdução crítica. Porto Alegre: Artmed, 2009.

DOWNS, Anthony. Uma teoria econômica da democracia. São Paulo: EDUSP, 1999.

DRYZEK, John. S.; DUNLEAVY, Patrick. Theories of the Democratic State. New York: Palgrave Macmillan, 2009.

EDMUNDSON, William A. John Rawls: Reticent Socialist. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.

ELSTER, Jon. O mercado e o fórum: três variações na teoria política. In: WERLE, D.; MELO, R. S. (ed.). Democracia deliberativa. São Paulo: Esfera Pública. p. 223-251.

ERREJÓN, Íñigo; MOUFFE, Chantal. Construir Pueblo: Hegemonía y radicalización de la democracia. Barcelona: Icaria Editorial, 2015.

FASSIN, Eric. Populismo e ressentimento em tempos neoliberais. Rio de Janeiro: Eduerj, 2019.

FORST, Rainer. Review of John Rawls’ Political Liberalism. Constellations, [s.l.], v. 1, n. 1, p. 163-171, 1994.

FREITAS, Felipe Corral de. Repensando o Agonismo: o impasse não superado entre conflito e consenso. Teoria & Pesquisa, [s.l.], v. 29, p. 135-158, 2020.

FREITAS, Felipe. A política como antagonismo: a irredutibilidade do conflito político. Caderno CRH, Salvador, v. 34, p. 1-24, 2021.

FREITAS, Felipe Corral de. As Perspectivas do Conflito na Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe. In: MENDONÇA. D; Linhares, B. (org.). Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe: implicações teóricas e analíticas. São Paulo: Intermeios, 2021. v. 1, p. 79-98.

GERAS, Norman. Ex-Marxism Without Substance: Being a Real Reply to Laclau and Mouffe. New Left Review, [s.l.], n. 169, p. 34–61, 1988.

GIDRON, N.; BONIKOWSKI, B. Varieties of Populism: Literature Review and Research Agenda. Working Paper Series, Weatherhead Center for International Affairs, Harvard University, No.13-0004, p. 1-39, 2014.

GÜRSÖZLÜ, Fuat. Debate: Agonism and Deliberation— Recognizing the Difference. Journal of Political Philosophy, [s.l.], v. 17, n. 3, p. 356-368, set. 2009.

HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia: entre facticidade e validade. v. I(a) e II(b). Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.

HABERMAS, Jürgen. Theorie des kommunikativen Handelns. Band I. Frankfurt: Suhrkamp, 1981.

HABERMAS, Jürgen. Technology and Science as “Ideology”. In: Toward a Rational Society. Boston: Beacon Press, 1989. p. 81 122.

HALL, Stuart. 13. The Great Moving Right Show [1979]. Essential Essays, Volume 1: Foundations of Cultural Studies, edited by David Morley, New York, USA: Duke University Press, p. 374-392, 2018.

HAWKINS, Kirk A. ; KALTWASSER, Cristóbal Rovira ; ANDREADIS, Ioannis. The Activation of Populist Attitudes. Government and Opposition, [s.l.], v. 55, p. 283-307, 2020.

HELD, David. Modelos de Democracia. Belo Horizonte: Paidéia, 1987.

HUNGER, Sophia; PAXTON, Fred. What’s in a buzzword? A systematic review of the state of populism research in political science. Political Science Research and Methods, [s.l.], v. 10, p. 617-633, 2022.

IVALDI, Gilles. De Le Pen à Trump: le défi populiste. Bruxelles: Editions de l’Université de Bruxelles, 2019.

IPSOS. Ipsos Populism Survey: populism, anti-elitism and nativism. Ipsos, fev. 2024. Disponível em: https://www.ipsos.com/sites/default/files/ct/news/documents/2024-02/Ipsos-Populism-Survey-2024.pdf. Acesso em: 17 maio 2025.

JUDIS, John. The Populist Explosion: How the Great Recession Transformed American and European Politics. [s.l.]: Ed. Columbia Global Reports, 2016.

KAPOOR, Ilan. The Postcolonial Politics of Development. New York: Routledge, 2008.

KNOPS, Andrew. Agonism as Deliberation: On Mouffe’s Theory of Democracy. The Journal of Political Philosophy, [s.l.], v. 15, n. 1, p. 115-126, 2007.

KOZICKI, Katya. Prefácio à edição brasileira. In: MOUFFE, C. Sobre o Político. São Paulo: Martins Fontes, 2015. p. VIIXVIII.

KRITSCH, Raquel; SILVA, André Luiz. Esfera pública e democracia no pensamento de J. Rawls, J. Habermas e C. Mouffe: teorias políticas e democráticas em debate. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, [s.l.], n. 116, p. 275-334, 2022.

LACLAU, Ernesto. La Razón Populista. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2005a.

LACLAU, Ernesto. Populism: What’s in a Name? In: PANIZZA, F. (org.). Populism and the Mirror of Democracy. London: Ed. Verso, London, 2005b. p. 32-49.

LACLAU, Ernesto. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.

LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. Hegemonia e estratégia socialista: por uma política democrática radical. São Paulo: Intermeios, 2015.

LE BON, Gustave. Psicologia das Massas. Rio de Janeiro: Editora Niterói, 2018.

MARCOS-MARNE, Hugo. A tale of populism? The determinants of voting for left-wing populist parties in Spain. Political Studies, London, 2020.

MARQUES, Marcelo de Souza. Democracia Cultural, Estado e políticas públicas culturais: Uma reflexão a partir da Democracia Radical e Plural. Colombia Internacional, [s.l.], n. 98, p. 169-195, 2019. https://doi.org/10.7440.colombiaint98.2019.06

MENDONÇA, Daniel. Teorizando o agonismo: crítica a um modelo incompleto. Revista Sociedade e Estado, [s.l.], v. 25, n. 3, p. 479-497, 2010.

MENDONÇA, Daniel. A crise da democracia liberal e a alternativa populista de esquerda. Revista Simbiótica, [s.l.], v. 6, n. 2, p. 31-50, 2019a.

MENDONÇA, Daniel. Democratas têm medo do povo? O populismo como resistência política. Caderno CRH, Salvador, v. 32, n. 85, p. 185-201, 2019b.

MENDONÇA, Daniel; MACHADO, I. Dossiê: O populismo e a construção política do povo. Mediações, [s.l.], v. 26, n. 1, p. 10-27, 2021.

MENDONÇA, Daniel de; ALMEIDA, Erica Simone Almeida. A especificidade do populismo de esquerda. História, São Paulo, v. 40, p. 1-18, 2021.

MENDONÇA, Ricardo F.; ERCAN, Selen. A. Deliberation and protest: strange bedfellows? Revealing the deliberative potential of 2013 protests in Turkey and Brazil. Policy Studies, [s.l.], v. 36, n. 3, p. 267-282, 2015.

MIGUEL, Luis Felipe. Consenso e conflito na teoria democrática: para além do “agonismo”. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, São Paulo, n. 92, p. 13-43, 2014.

MOUFFE, Chantal. Feminism, citizenship, and radical democratic politics. In: BUTLER, J.; BUTLER, J. Scott (ed.). Feminists Theorize the Political. New York: Routledge, 1992. p. 387-402.

MOUFFE, Chantal. The Return of the Political. London: Verso, 1993.

MOUFFE, Chantal. Carl Schmitt and the Paradox of Liberal Democracy. In: MOUFFE, C. (ed.). The Challenge of Carl Schmitt. London: Verso, 1999. p. 38-53.

MOUFFE, Chantal. The Democratic Paradox. London: Verso, 2000.

MOUFFE, Chantal. For an Agonistic Public Sphere. In: TØNDER, L.; THOMASSEN, L. (ed.). Radical Democracy: Politics between Abundance and Lack. Manchester: Manchester University Press, 2005a. p. 123-132.

MOUFFE, Chantal. The ‘end of politics’ and the challenge of right wing populism. In: PANIZZA, F. (ed.). Populism and the Mirror of Democracy. London: Verso, 2005b. p. 50-71.

MOUFFE, Chantal. Por um modelo agonístico de democracia. Revista de Sociologia Política, Curitiba, n. 25, 2006. p. 165-175.

MOUFFE, Chantal. Agonística: pensar el mundo políticamente. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2014.

MOUFFE, Chantal. Sobre o Político. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2015.

MOUFFE, Chantal. The Affects of Democracy. Critique & Humanism, [s.l.], v. 49, p. 1-9, 2018.

MOUFFE, Chantal. Por um Populismo de Esquerda. São Paulo: Ed. Autonomia Literária, 2020.

MOUFFE, Chantal. Controvérsia sobre o populismo de esquerda. Le Monde Diplomatique Brasil, edição 154, 2020b. Disponível em: https://diplomatique.org.br/controversia-sobre-o-populismo-de-esquerda/. Acesso em: 14 fev. 2025.

MUDDE, Cas. Introduction to the Populist Radical Right. In: MUDDE, C. (ed.). The Populist Radical Right: A Reader. New York: Routledge, 2017. p. 1-10.

MUDDE, Cas. Populist radical right parties in Europe. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2007.

NORRIS, P, INGLEHART, R. Cultural Backlash: Trump, Brexit and Authoritarian Populism. New York: Cambridge Univ. Press, 2019.

OAKESHOTT, Michael. On Human Conduct. Oxford: Oxford University, 1975.

OSTIGUY, Pierre; PANIZZA, Francisco; MOFFIT, Benjamin. Populism Global in Perspective: A Performative and Discursive Approach. New York: Routledge Taylor & Francis Group, 2021.

PERRINEAU, Pascal. Le Populisme. Presses universitaires de France, coll. Que sais-je?, p. 128, 2021.

PINZANI, Alessandro. Habermas and Capitalism: An Historic Overview. Cadernos de Filosofia Alemã, [s.l.], v. 27, n. 2, p. 51-68, 2022.

RAWLS, John. O liberalismo político. São Paulo: Martins Fontes, 2011a.

RAWLS, John. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2011b.

RORTY, Richard. Verdade, universalidade e política democrática. In: SOUZA, José Crisóstomo de (org.). Filosofia, racionalidade, democracia: os debates Rorty & Habermas. São Paulo: Editora Unesp, 2005. p. 103-162.

ROSANVALLON, Pierre. The Populist Century: History, Theory, Critique. Translated by Catherine Porter. Cambridge: Polity Press, 2021.

SCANDIZZI, Julián González. Mouffe versus Laclau: las (dis)continuidades entre el populismo de izquierda y el populismo sin adjetivos. Revista Uruguaya de Ciencia Política, [s.l.], v. 32, n. 1, p. 80-104, 2023.

SCHMITT, Carl. A crise da democracia parlamentar. São Paulo: Scritta, 1996.

SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.

STEFANONI, Pablo. A rebeldia tornou-se de direita?: como o antiprogressismo e a anticorreção política estão construindo um novo sentido comum (e por que a esquerda deveria leválos a sério). Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2022.

TAGUIEFF, Pierre-André. Le nouveau national-populisme. CNRS Éditions, 2012.

THOMASSEN, Lasse. In/exclusions: towards a radical democratic approach to exclusion. In: TØNDER, L.; THOMASSEN, L. (ed.). Radical Democracy: Politics between Abundance and Lack. Manchester: Manchester University Press, 2005. p. 103-122.

THOMASSEN, Lasse. Radical Democracy. In: BEVIR, M. (ed.). Encyclopedia of Political Theory. SAGE Publications, 2010. p. 1141-1145.

URBINATI, Nadia. Yo, el pueblo: como el populismo transforma la democracia. Traducción de Aridela Trejo y Alejandra Ortiz Hernández. México: Instituto Nacional Electoral, 2020.

URBINATI, Nadia. A teoria política do populismo. Exilium: Revista de Estudos da Contemporaneidade, [s.l.], v. 2, n. 3, p. 299-334, 2021.

VAN HAUWAERT, Steven M.; VAN KESSEL, Stijn. Beyond protest and discontent: a cross-national analysis of the effect of populist attitudes and issue positions on populist party support. European Journal of Political Research, London, v. 57, n. 1, p. 68-92, 2018.

VITA, Álvaro. O liberalismo igualitário: sociedade democrática e justiça internacional. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

Downloads

Publicado

2025-09-04

Como Citar

da Silva, A., Calabrez, F., & Parra Teixeira, R. (2025). CHANTAL MOUFFE ENTRE A TEORIA E A ESTRATÉGIA: da normatividade democrática ao populismo de esquerda como intervenção política. Caderno CRH, 38, e025052. https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.66253