PRECARIEDADE, TRABALHADORES MIGRANTES E PRECONCEITO ÉTNICO-RACIAL EM PORTUGAL: mudanças no emprego e respostas sindicais

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.61367

Palabras clave:

Precariedade, Trabalhadores migrantes, Plataformas digitais, Racism, Sindicalismo

Resumen

A composição da força de trabalho em Portugal tem sofrido nas últimas décadas alterações estruturais, que caminham a par de mudanças de fundo na regulação do trabalho. Entre elas, destaca-se o significativo aumento da população estrangeira residente, que ultrapassava um quinto da classe trabalhadora em 2023. A reflexão sobre a precarização do trabalho não pode ignorar a presença crescente de trabalhadores migrantes, nomeadamente em setores como a administração e serviços de apoio, o alojamento e a restauração, a construção, as indústrias transformadoras, o trabalho em plataformas digitais (transporte de passageiros e entrega de comida) e a agricultura intensiva, designadamente quando marcada pela informalidade laboral e pelo trabalho clandestino. Pode dizer-se que a precariedade em Portugal, seja em setores tradicionais seja nos que resultam da digitalização do trabalho, é um fenómeno que só pode ser plenamente compreendido tendo em conta os fluxos de mão de obra, a divisão internacional do trabalho e o trabalho racializado, com as múltiplas discriminações que tecem a intersecção entre raça, classe e género na estrutura das desigualdades. O presente artigo apresenta um diagnóstico sobre o trabalho em Portugal e as suas transformações, identificando também o modo como os programas de ação das confederações sindicais e os Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho, ao nível setorial, incorporam (ou não) as temáticas do trabalho protagonizado por migrantes e do combate ao preconceito étnico-racial. 

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Biografía del autor/a

Dora Fonseca, Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social – CoLABOR

Doutor(a) em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Investigador(a) do CoLABOR – Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social e do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra – CES (Portugal), desenvolvendo pesquisas na área de sindicalismo, negociação coletiva, plataformas digitais e movimentos sociais. Suas mais recentes publicações são: Trade unions in the age of digitalization: challenges and opportunities in the transport and food delivery sectors (Brill, 2025, no prelo).

José Soeiro, Instituto de Sociologia da Universidade do Porto

Doutor em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Trabalha com temas relacionados com a sociologia do trabalho, precarização laboral, sindicalismo, ação coletiva do precariado, desigualdades, trabalho de cuidados, produção de bem-estar e políticas públicas de cuidados, teatro do oprimido e intervenção pelas artes. Publicou, entre outros, os livros “Cuidar de quem Cuida” (Objectiva, 2020, com Mafalda Araújo e Sofia Figueiredo), “The Routledge Companion to Theatre of the Oppressed” (Routledge, 2019, com Kelly Howe e Julian Boal), “A Falácia do Empreendedorismo” (Bertrand, 2016, com Adriano Campos). Os seus trabalhos mais recentes são: Soeiro, J. (2024). “O trabalho, entre as “promessas de Abril” e a regulação neoliberal”, Revista Crítica de Ciências Sociais, 133, 51-76; e Soeiro, J. (2024). Cuidadores informais. In C. Martins & J. Teixeira Lopes (Orgs.), Portugal esquecido: Retratos de um país desigual (pp. 165–175) Lisboa: Bertrand.

 

CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA:

Dora Fonseca – Conceitualização. Investigação. Metodologia. Escrita - esboço original. Escrita - revisã e edição.

José Soeiro – Conceitualização. Investigação. Metodologia. Escrita - esboço original. Escrita - revisão e edição.

Citas

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Publicado

2024-12-28

Cómo citar

Fonseca, D., & Soeiro, J. (2024). PRECARIEDADE, TRABALHADORES MIGRANTES E PRECONCEITO ÉTNICO-RACIAL EM PORTUGAL: mudanças no emprego e respostas sindicais. Caderno CRH, 37, e024044. https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.61367

Número

Sección

Dossiê 3