O estigma da sexualidade em jogos online e o problema da "invenção do outro"

deslegitimação e práticas decoloniais

Authors

Keywords:

MMORPG, Sexualidade, World of Warcraft

Abstract

This article aims to analyze stigmatized statements of avatars from the online game World of Warcraft, as well as public comments about gender representations in games, discussing how the representations of male identity(ies) are configured in digital media, such as RPG (Role-Playing Game). For this, we use the decolonial theory, which one of the proposals is to discuss about the implementation of gender as a Eurocentric marker (Lugones, 2020); and Critical Discourse Analysis (ADC) with the purpose of conducting investigations using ideology operation analysis as a methodology. The results show that, according to Thompson (2002), there was a strategy of symbolic construction in the discourses found, which points to the segmentation of groups of individuals involved in the interest of dominant groups.

Keywords: MMORPG; Sexuality; World of Warcraft.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.

BORBA. R. A linguagem importa? Sobre performance, performatividade e peregrinações conceituais. Cadernos pagu (43), julho-dezembro, 2014.

BUTLER, J. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Tradução de Jamile Pinheiro Dias, Revisão de Bernardo RB. Chão de Feira, caderno de leituras n. 78, 2018a.

_________. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018a.

BREHM, A, L. Navigating the feminine in massively multiplayer online games: gender in World of Warcraft. Frontiers in Psychology, v. 4, art 903, 2013

CASTRONOVA, E. Synthetic worlds: the business and culture of online games. University of Chicago Press, 2005.

CASTRO-GÓMEZ, Santiago. Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Cuidad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005.

CHOULIARAKI, Lilie & FAIR CLOUGH, Norman. Discourse in late modernity: rethinking Critical Discourse Analysis. Edinbourg: Edinbourg University, 1999.

CONNELL, R. MESSERSCHMIDT, J. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas, Florianópolis, 21 (1): 424, janeiro-abril, 2013, p. 241282.

DUSSEL, E. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, (2000) 2005.DUSSEL, E. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, (2000) 2005.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Tradução de Izabel Magalhães. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001

Fala gay dos Blood Elf em português. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LyhydplXR6c>. Acesso em agosto de 2023.

HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. Tradução de João

Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 2007.

NÚNEZ, G. MANUEL DE OLIVEIRA, J; LAGO, M. Monogamia e (anti)colonialidades: uma artesania narrativa indígena. Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, 16, 2021, p. 76–88.

LEÓN, C. Imagem, mídias, telecolonialidade: para uma crítica decolonial dos estudos visuais. Epistemologias do Sul, v. 3, n. 1, p. 58-73, (2012) 2019.

LESSA, S. (1983). A atualidade da abolição da família monogâmica. Revista Crítica Marxista, 2012, p. 41–58.

LUGONES, M. Colonialidade e gênero. In: HOLLANDA, H. B. (org). Pensamento

feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo (2008)

, p. 52-83.

KELLNER. D. A cultura da mídia. Tradução de Ivone Castilho Benedetti. Bauru, SP: EDUSC, 2000.

MALDONADO-TORRES, N. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GOMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (org.). El giro decolonial. Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global, p. 127-167, 2007.

MOITA LOPES, L. Uma lingüística aplicada mestiça e ideológica: interrogando o campo como lingüista aplicado. In: MOITA LOPES, L. P. (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2008. p. 13-42.

PACHECO, M. Número de jogadores ativos em World of Warcraft segue em crescimento. A Pá Ladina. Disponível em: <https://apaladina.com.br/article/911/numero-de-jogadores-ativos-de-world-of-warcraft-segue -em-crescimento#:~:text=De%20acordo%20com%20os%20dados,no%20%C3%BAl

timo%20 trimestre%20de%202020.>. Acesso em 20 de julho de 2022.

PRECIADO, Paul B. Biopolítica del género. La invención del género, o el tecnocordero que devora a los lobos. In: Conversaciones feministas, biopolítica (pp. 15–38). Ají de Pollo, 1970

PENNYCOOK, A. Uma lingüística aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, L. P. (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2008. p. 67-84.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Colección Sur Sur, CLACSO, Cuidad Autónoma de Buenos Aires, Argentina, 2005.

_________. ¡Qué tal raza! Ecuador Debate, n. 48, p. 141-151, 1999.

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Trad. (Coord.) Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes, 2002.

TORQUATO, A. L. M. Identidade e Performance: Representação Visual Feminina em World of Warcraft. 2020. 60f. Dissertação. (Dissertação em Artes Visuais) UNICAMP, Campinas. Disponível em: https://www.repositorio.unicamp.br/Resultado/Listar?guid=1711631577839. Acesso em: março de 2024

RAMALHO, V; RESENDE, V. Análise de discurso (para a) crítica: O texto como material de pesquisa. São Paulo: Campinas, Pontes Editores, 2011.

SALEN, K; ZIMMERMAN, E. Regras do jogo: fundamentos do desing de jogos. São Paulo: Blucher, 2012.

SILVA, J, P, N; VALADARES, G, C; PEDROSA, G; REZENDE, D. C; CAPPELLE, M, C, A; ASSIS, F, A, A. Gender imbalance in MMORPG: the case of World of Warcraft in Brazil, Feminist Media Studies, 23:1, 289-305, DOI: 10.1080/14680777.2021.1973060

THAYER-BACON, B. A pragmatist and feminist relational (e)pistemology. European journal of pragmatism and american philosophy. V II, n.1, p. 1-22, 2010. Disponível em: [https://journals.openedition.org/ejpap/948]. Acesso em: 15/02/2024.

WALLERSTEIN, I. Eurocentrismo e seus avatares: os dilemas da ciência social. In: O fim do mundo como o concebemos: ciência social para o século XXI. Rio de Janeiro, Revan, (1997) 2002, P. 205-221.

Published

2025-09-03

How to Cite

OLIVEIRA SANTOS, D. O estigma da sexualidade em jogos online e o problema da &quot;invenção do outro&quot;: deslegitimação e práticas decoloniais. Estudos Linguísticos e Literários, Salvador, n. 79, p. 207–226, 2025. Disponível em: https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/estudos/article/view/60169. Acesso em: 27 sep. 2025.