Em educação musical "cem flores desabrocham e cem escolas de pensamento disputam". Isso é um problema?
DOI:
https://doi.org/10.9771/ictus.v8i2.34270Palabras clave:
Educação MusicalResumen
O presente artigo toma como ponto de partida a problemática justificação da inclusão do ensino de música numa educação escolar, apresentando os argumentos que utilizamos tradicionalmente para defender a presença da música nos currículos escolares com vistas a discutir aquilo que o autor toma como uma crise geral do ensino de música, ou, mais apropriadamente, como uma falta de propósito da educação musical contemporânea. Crise que reside fundamentalmente no descompasso entre aquilo que durante décadas serviu de fundamento para a defesa de sua inclusão nos currículos escolares – aí incluídas as noções tradicionais de estética e de valor em arte – e as transformações históricas, sociais e culturais mais amplas que vêm redefinindo papéis e funções da arte nas sociedades ocidentais contemporâneas e, conseqüentemente, o próprio papel da educação musical na sociedade. O autor busca demonstrar como as noções correntes sobre música e valor em arte emergiram em determinado momento da história do pensamento artístico ocidental, mais especificamente, em fins do século XVIII e que estas estão longe de representar ou de explicar a realidade das diversas experiências humanas que fazem uso daquilo que consideramos, nós ocidentais, ser um comportamento musical. Propõe, assim, uma relativização das noções de individualidade e de autonomia da arte, situando-as em contexto cultural e perspectiva histórica, e discutindo-as enquanto construções sociais. Para o autor, precisamos fazer mais do que meramente ensinar habilidades e técnicas. A justificativa da música na educação reside mais na justificativa da educação em si. Para os educadores musicais, a tarefa não reside na sua defesa, mas em engajarem-se no debate acerca do que vem a ser educação e quais deveriam ser seus objetivos.Descargas
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Publicado
2007-12-12
Número
Sección
Artículos