PERSONAGENS PRETAS NA DISTOPIA

AS CAMADAS (IN)EXISTENTES DA MULHER NEGRA EM PRODUÇÕES DISTÓPICAS

Autores

Palavras-chave:

Literatura, Mulheres negras, Representação

Resumo

Este trabalho tem como objetivo propor uma análise sobre três obras que são responsáveis por trazerem diferentes visões quanto a representação de personagens pretas na distopia. Será abordada uma visão comparativa entre as obras, a partir de uma discussão sobre as diversas camadas existentes nas artes, além da forma como as mulheres negras são representadas nas obras distópicas e qual a importância das personagens para a trama. Tendo como referencial teórico contribuições de Bianca Cristina Batista da Silva (2017), Érica Baggio de Oliveira e Isadora Ferrão Sant'anna (2018), Florentina Souza (2008), Grada Kilomba (2019), Lélia Gonzalez (1984) e Renata Melo Barbosa do Nascimento (2014), este artigo pretende discorrer sobre as personagens negras nas obras The Purge: Anarchy (2014), The Hunger Games (2008) e Black Mirror (2011-), levando em consideração suas particularidades e narrativas, destacando a maneira como se pode compreender essa presença e possíveis estereótipos que permeiam o corpo feminino negro em produções artísticas.

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Biografia do Autor

Caio Matheus de Jesus Pinheiro, Universidade do Estado da Bahia

é mestre em Estudo de Linguagens pela UNEB, onde também se graduou em Letras com habilitação em Língua Inglesa e Literaturas. Foi bolsista do PIBID (2017-2018) no subprojeto "Tecendo Leituras" e colaborou na produção de materiais didáticos para o projeto "English Matters" (2018-2019). Atua como docente de Língua Inglesa no Centro Educacional Criativo e no projeto Ifé English Course, com foco afrocentralizado. Atualmente, integra o grupo de pesquisa "REBRALLI" e estuda as representações do Brasil nos quadrinhos norte-americanos. Tem interesse em Letras, Literaturas, produções multimídia e histórias em quadrinhos.

 

Brenda Viana Feitosa, Universidade do Estado da Bahia

Mestra em Estudo de Linguagens pelo Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia (PPGEL/UNEB), onde fui bolsista da PROGEPESQ (UNEB) e defendi a dissertação de título "Da violência como disfarce: uma análise da franquia Uma Noite de Crime". Graduada em Letras Vernáculas com habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Participei como bolsista da Iniciação Científica pela CNPq/PIBIC no projeto "Os novos cortiços: estudo das adaptações em quadrinhos do clássico de Aluísio Azevedo". Fui Aluna Especial na disciplina do Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens da Universidade do Estado da Bahia (PPGEL/UNEB), Tópicos Especiais da Educação Básica III.

Armando Rocha dos Santos, Universidade Federal da Bahia

Servidor público federal, enquadramento Pedagogo, na Universidade Federal da Bahia. Mestre em Estudo de Linguagens pela Universidade do Estado da Bahia, Especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Salvador (2021), graduado em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (2017), poeta e escritor, atendendo pelo pseudônimo de Alvorecer Santos.

Referências

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Referências audiovisuais

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DEMONACO, James. UMA NOITE DE CRIME: ANARQUIA. Produção de Blumhouse. Estados Unidos: Universal, 2014.

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Publicado

2024-12-28

Como Citar

Matheus de Jesus Pinheiro, C., Viana Feitosa, B. ., & Rocha dos Santos, A. (2024). PERSONAGENS PRETAS NA DISTOPIA: AS CAMADAS (IN)EXISTENTES DA MULHER NEGRA EM PRODUÇÕES DISTÓPICAS . Inventário, (34), 324–338. Recuperado de https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/inventario/article/view/62807

Edição

Seção

Artigos