A MAMÃE FOI TRABALHAR ONDE?

PERSPECTIVAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO E MATERNAGEM NEGRA EM A MÃE QUE VOAVA

Authors

Keywords:

Maternagem, Trabalho, Interseccionalidade

Abstract

Starting from the recognition that the mothering experiences of Black people have historically been anchored in colonialist and Eurocentric narratives within the context of Brazilian literature, we cannot overlook the impacts of these perspectives on the constructions of our subjectivities. Whether through stigmatization or the nullification of experiences, there is a deliberate failure in these productions that insists on crystallizing Blackness in places of impossibilities for construction, particularly regarding effective networks of affection within parental relationships. However, literary movements aimed at destabilizations, fissures, and ruptures with these images are being created, such as in the work A Mãe que Voava, which tells the story of little Alice who watches her mother work both inside and outside the home, relying on a crucial factor: the possibility of return. The experience of work for Black women outside their homes is specifically supported by the impossibility of return and, consequently, the distancing from their own families. The book offers us other possibilities rooted in affection, presence, and the existence of a Black motherhood that subverts and transgresses a hegemony of whiteness, updating our perceptions of Black parenthoods and pointing to the complexity of our experiences.

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Author Biographies

Carla Alexsandra Souza

Uma Mãe que também é: Professora de Sociologia do Estado de Minas Gerais. Ex-Membra do Conselho de Igualdade Racial de Vitória da Conquista - BA; Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Mestranda em Comunicação pela Universidade Federal o Recôncavo da Bahia; Integrante do COMUM (Grupo de Pesquisa em Comunicação, Mídia e Narrativas de Mudança Cultural); Bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB); E que, atualmente, tem se dedicado aos estudos e análises acerca de alguma(s) maternage(ns) negra(s) transgressora(s) nas Mídias Digitais sob o prisma da Interseccionalidade.

Eliana de Jesus Santos, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Sou comunicóloga e jornalista formada pela UFRB (2022), gosto de escrever sobre crianças e de estar com elas.Atualmente, sou pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM-UFRB), com foco na linha de pesquisa "mídia e sensibilidades", explorando a área de infância em afroperspectivas. Fui representante discente do PPGCOM-UFRB de março de 2023 a março de 2024 e realizei estágio docente no componente curricular de Teorias da Comunicação na mesma instituição em 2023.Em 2022, obtive especialização em jornalismo de moda pelo Instituto Casa de Criadores, em São Paulo. Meu interesse científico na área concentra-se no pluricultural/racial.Minha trajetória inclui experiências significativas, como: voluntariado na Fiocruz, na linha de pesquisa 'Enquadramento midiático' (2018-2019); e no Instituto Chico Mendes (ICMbio) em 2022. Tenho experiência em produções direcionadas a moda, reportagens, apresentações, streaming (áudio), podcast, edição jornalística, assessoria de comunicação, produção textual, ambiental, marketing digital, gestão financeira e artes cênicas (Teatro pela Fundação Cultural da Bahia de 2009 a 2014).Atualmente, faço parte do grupo de pesquisa Semiótica da Comunicação na UFBA

References

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Published

2025-06-04

How to Cite

Souza , C. A., & de Jesus Santos, E. (2025). A MAMÃE FOI TRABALHAR ONDE? PERSPECTIVAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO E MATERNAGEM NEGRA EM A MÃE QUE VOAVA . Inventário, (36), 327–334. Retrieved from https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/inventario/article/view/64431