O subúrbio que o Rio de Janeiro inventou
mobilidades imaginativas em torno de uma alegoria da cidade
DOI:
https://doi.org/10.9771/lj.v4i0.70755Palavras-chave:
imaginário urbano, toponímia, alteridade próxima, subúrbio carioca, audiovisualResumo
Na cidade do Rio de Janeiro, a categoria subúrbio carrega um sentido particular, acumulando conotações estéticas, morais e afetivas. O objetivo deste texto é analisar as mobilidades imaginativas que envolvem os subúrbios cariocas. Inspirados pela grade analítica do giro móvel da teoria social, tomamos como corpus empírico obras audiovisuais que fizeram e fazem circular sentidos polissêmicos em torno da categoria. A falecida (1965), A Grande Família (1972-1975 e 2001-2014) e Suburbia (2012) refletem possibilidades que orbitam o repertório imaginativo sobre os subúrbios e seus viventes, amplificando sua dimensão alegórica e revelando nuances exploradas por seus significados. Longe de refletir uma análise sistemática dessa produção, buscamos sublinhar a relevância do tema e levantar questões para uma agenda de pesquisa sensível às mobilidades imaginativas que definem o cardápio de representações sobre as cidades brasileiras, latino-americanas e do chamado Sul Global.