Das viagens contraculturais às viagens colaborativas
ativismo identitário e feminismo interseccional em plataformas digitais
DOI:
https://doi.org/10.9771/lj.v4i0.70759Palavras-chave:
viagens colaborativas, contracultura, gênero, plataformas digitais, mobilidades turísticasResumo
Traçamos neste artigo um paralelo entre a formação e articulação de redes de mulheres brasileiras que promovem viagens colaborativas com o estilo de viagem contracultural, que teve seu auge nas décadas de 1950 e 1960. Investigamos as formas de ativismo político em torno das mobilidades turísticas construídas nessas redes. Optamos pela realização de uma etnografia, com entrevistas em profundidade, observação participante e análise de plataformas digitais. Os dados empíricos são analisados à luz das teorias sobre os movimentos colaborativos e culturais e sobre o feminismo interseccional. Os resultados demonstram que as viagens colaborativas entre mulheres da atualidade se aproximam aos ideais contraculturais de liberdade, porém com contornos mais profundos quanto à interseccionalidade do feminismo e com o uso intenso de tecnologias digitais.