A comunicação não violenta como caminho para a racionalização subversiva: uma tecnologia social que transforma as organizações públicas
Palavras-chave:
comunicação não-violenta, tecnologia social, racionalização subversiva, análise do discurso, organizações públicasResumo
Este artigo tem como objetivo analisar o potencial subversivo dos códigos técnicos da Comunicação Não-Violenta (CNV), entendida como tecnologia social, no sistema de gestão burocrática de uma organização pública. Foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória, com o método do estudo de caso, por meio da comparação das percepções de servidores que tiveram contato sistemático com a CNV com as dos que a desconheciam. O material coletado em 16 entrevistas semiestruturadas foi analisado por meio da análise do discurso. Como resultados, observamos que a aplicação dos códigos técnicos da CNV favoreceu a autoconfiança, a autorreflexão e a cooperação entre os indivíduos, enfatizando o potencial subversivo da CNV, em prol de contextos mais dialógicos e democráticos. A CNV traz novos repertórios técnicos sobre como proceder em situações específicas de interação, desconstruindo ou esvaziando de sentido padrões comportamentais arraigados em formas de comunicação alienante. Dessa maneira, acreditamos ser possível subverter o sistema técnico burocrático pela introdução de novos contextos de interação. Portanto, a pesquisa contribui para o detalhamento da aplicação da CNV nas organizações, além de apresentar uma moldura teórico-metodológica que pode ser utilizada em outras análises discursivas, especialmente, de aplicação de tecnologias sociais.
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