A poeira das beefcakes e o centenário de Bob Mizer (1922-2022)

pornoarqueologia de uma autoria queer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v2i21.55278

Resumo

Este ensaio tem como objetivo refletir sobre o centenário do fotógrafo e cineasta norte-americano Bob Mizer (1922-2022), no sentido de tatear sensibilidades homoeróticas entre corpo, pornografia e mídia. Para tanto, se traz o horizonte da pornoarqueologia como um recurso para rever esses beefcakes hoje, tomando as obras fotográficas e audiovisuais de Mizer em sua comunicabilidade estética através da masturbação política pré-Stonewall e do gozo de uma masculinidade pós-guerra. Dentro de um circuito cultural, afetivo e midiático se vê que as apropriações das obras do artista, associadas ao camp, a ironia e ao kitsch, possuem uma espectatorialidade que aparece não só como um arquivo homoerótico mobilizado pela nostalgia, mas também como uma herança erótica midiática que faz da autoria queer um gesto de potência duradoura.

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Biografia do Autor

Ribamar José de Oliveira Junior, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor substituto do Departamento de Expressão e Linguagens e pós-doutorando da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com período sanduíche na York University (YorkU), Canadá. Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Gênero e Sexualidade na Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Jornalismo Cultural pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Cariri (UFCA).

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Publicado

2025-04-24

Como Citar

Oliveira Junior, R. J. de. (2025). A poeira das beefcakes e o centenário de Bob Mizer (1922-2022): pornoarqueologia de uma autoria queer . Revista Periódicus, 2(21), 104–133. https://doi.org/10.9771/peri.v2i21.55278