Apologia a um corpo outro
mecânica quântica, neomaterialismos feministas e o corpo como phenomenon
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v3i20.59883Resumo
O ensaio aborda a questão de como reinserir a problemática da matéria nos atuais debates feministas sobre os corpos, de maneira a não sucumbir à concepção moderna de materialidade corporal como pura facticidade biológica, inerte e autossuficiente (posição que, tradicionalmente, fundamentou essencialismos antifeministas) e, simultaneamente, não capitular aos impulsos linguísticos totalizantes que marcam muitos dos construtivismos hoje dominantes na área. Por meio de um percurso expositivo-argumentativo fiel à “infidelidade disciplinar” que caracteriza o pensamento feminista desde a sua gênese, pretendemos demonstrar que a teoria quântica de Niels Bohr, e sua posterior apropriação e radicalização por Karen Barad, oferecem inovadores entendimentos sobre a matéria, a partir dos quais podemos edificar uma nova concepção de corpo. Avançamos, nesse sentido, a noção de “corpo-phenomenon”, uma alternativa àquilo que nomeamos de “modelo corporal epidérmico”.
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