Ficções identitárias nas (sexo)políticas da PrEP
a “puta barebacker” e a “santa medicada”
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v3i21.64652Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa cartográfica envolvendo homens gays cisgêneros que utilizam a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e que se autodefiniam como barebackers (pessoas que praticam sexo anal sem preservativos). Mapearam-se formas de narrar a si mesmo a partir do entrelaçamento do bareback e da PrEP. Observaram-se duas linhas discursivas: a primeira, mais alinhada aos discursos dominantes da saúde, associa a prevenção ao HIV a um conjunto de moralidades sexuais e às ideias de um “sujeito virtuoso”, autorresponsável e autovigilante; a segunda, divergente das recomendações sanitárias, enuncia a PrEP como facilitadora do bareback e como estratégia transgressora de intensificação dos prazeres. Essas duas discursividades configuram um agenciamento que denominamos como o dilema entre a “santa medicada” e a “puta barebacker”. As cartografias sugerem que essas ficções identitárias são mobilizadas de maneira instrumental, utilitária e contingente.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Diego Diz Ferreira, Daniel Kerry dos Santos, Marta Inez Machado Verdi, Carlos Alberto Severo Garcia Junior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob Licença Creative Commons Attribution Noncommercial que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sendo vedado o uso com fins comerciais.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).






