A psicanálise e o perigo trans (ou: por que psicanalistas têm medo de travestis?)
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17172Abstract
Neste artigo, pretendemos demonstrar a necessidade de recolocar o debate sobre as experiências transgênero no campo psicanalítico a partir do impacto que tais experiências e suas formas de enunciação e justificação produzem sobre o pensamento psicanalítico e a clínica que nele se apoia e não mais com base na discussão psicopatológica ou etiológica. Com esse objetivo procuramos indicar inicialmente os principais eixos problemáticos e desafios colocados à teoria psicanalítica por novas formas de experiência sexual e de gênero, partindo de uma breve contextualização histórica do embate entre psicanalistas, sobretudo de orientação lacaniana, e teóricos queer, e destacando os principais aspectos de tal embate, com ênfase na aproximação efetuada por autores do campo psicanalítico entre teoria queer e perversão. Acreditamos que tal percurso nos conduz para além do problema psicopatológico, ponto no qual a maioria dos debates travados parece se encerrar, colocando em pauta a discussão sobre os elementos centrais da compreensão psicanalítica do humano e sua retomada numa perspectiva crítica não apenas de caráter epistemológico, mas também ético. Ao fim, esperamos contribuir para a compreensão do modo como a psicanálise parece muitas vezes se colocar numa posição defensiva – e, para muitos, conservadora – nos debates contemporâneos em torno do sexo.Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
Authors retain copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Noncommercial License that allows the work to be shared with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal, but prohibits commercial use.
Authors are authorized to enter into separate additional contracts for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publishing in an institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
Authors are permitted and encouraged to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their personal website) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes and increase the impact and citation of the published work (see The Effect of Open Access).