Pode a clínica psicológica escutar uma bicha preta?
Relato de experiência cartográfica
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i22.61630Resumo
Este artigo reposiciona a questão de Gayatri Spivak para convocar a clínica psicológica ao questionamento da sua escuta de bichas pretas, a partir de uma crítica à sua tradição majoritariamente ancorada nas matrizes coloniais brancas cis-hetero-cêntricas. Trata-se de uma experiência cartográfica construída a partir de encontros clínicos com uma bicha preta, cujos dados foram analisados a partir da Encruzanálise enquanto cosmograma metodológico que permite a análise dos processos de subjetivação em seus entrecruzamentos micropolíticos e macropolíticos. Amplia-se, assim, a escuta clínica para captar trânsitos e interseções entre temáticas como racismo e homofobia, solidão, objetificação e sexualização, além de resistências ativas enquanto dimensão estético-política de enfrentamento às opressões interseccionadas. A experiência clínica ultrapassa a dimensão meramente individual e abre margens para questionamentos sobre o papel da clínica psicológica com pessoas LGBTQIAP+.
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