Práticas somáticas em dança como terapia para pessoas com doença de Parkinson: experiências com o método Baila Parkinson.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rr.v1i01.45646

Resumo

Este artigo discute as práticas terapêuticas para pessoas com doença de Parkinson (DP) através do método Baila Parkinson, elaborado a partir de técnicas de dança associadas a conceitos e técnicas multiprofissionais em reabilitação. A DP altera o esquema, a imagem e a consciência corporal, de acordo com a progressão da doença e com características individuais do sujeito. Seus sintomas levam ao aumento da dependência, isolamento social, depressão, perda de controle, vinculados à natureza imprevisível da doença, que agravam a condição deste corpo para além da patologia. Através do método Baila Parkinson, discutiremos a lógica relacionada aos benefícios das práticas somáticas na dança na promoção da consciência corporal e do autoconhecimento por meio da experiência artística. A recuperação do contato com o próprio corpo e o aumento do senso de controle através da exploração das suas possibilidades podem promover benefícios motores, psicológicos, cognitivos e sociais, atenuando o quadro clínico. Acreditamos que no cenário terapêutico alguns conceitos provenientes da educação somática podem auxiliar a conscientização do corpo, como a observação interna a partir da interação com objetos, mapa gestual e respiração como suporte do movimento. Tudo numa cronologia dividida entre sentir, perceber e intencionar através de experimentações de conexão com o corpo.

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Biografia do Autor

Wallesson Amaral Alcantara, Universidade Federal do Pará

Graduado na Licenciatura em Dança Pela Universidade Federal do Pará desde 2020. Participou de projetos de pesquisa e extensão como: Dança e Etnocenologia; Dança Escola e Educação; Dispositivos Somáticos. Atualmente direciona sua pesquisa dentro do grupo de pesquisa Grupo Parkinson ao desenvolvimento da Metodologia Baila Parkinson, sob a orientação da professora Drª. Lane Viana Krejcova. Em paralelo, desenvolve estudos ligados uso de dispositivos somáticos ao ensino aprendizagem dentro da Dança de Salão. Participa do grupos de formação na metodologia GyroKineis, fazendo até momento a primeira fase do processo. Faz parte do grupo de pesquisa Clube Coordenando-se onde desenvolve estudos relacionados à metodologia Coordenando-se. Premiado em 1º lugar no festival Dança Pará 2015 e 2016 no festival Talentos Macapá, categoria Dança de Salão, segundo lugar na categoria Dança Contemporânea no festival Dança Pará 2015. Participou da organização de eventos como: Seminário internacional de pesquisa em Dança da UFPA 2017, 2018, 2019, 2020, 2021; I Simpósio grupos Parkinson: Pesquisa e cuidado.

Juliana dos Santos Duarte, Universidade Federal do Pará

Graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual do Pará (UEPA); Especialização em Musculação e Personal Trainer pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ); Mestrado em andamento no Programa de Pós Graduação em Neurociências e Biologia Celular (UFPA). Integrante do Laboratório de Neuroplasticidade - ICS/UFPA. Integrante do projeto de pesquisa e extensão Grupo Parkinson no qual promove terapias baseada em dança e voltada as necessidades fisiopatológicas de indivíduos com doença Parkinson (DP). No Grupo Parkinson auxilio na elaboração e organização das metodologias aplicadas e investigo os efeitos da dança em domínios cognitivos, funções motoras e distúrbios neuropsiquiátricos na DP. Principais temas de estudo e atuação: funções cognitivas; envelhecimento; Doença de Parkinson e terapias baseadas no exercício físico; treinamento físico e aperfeiçoamento das capacidades físicas.

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Publicado

2025-08-01

Como Citar

Alcantara, W. A., Duarte, J. dos S., & Krejcová, L. V. (2025). Práticas somáticas em dança como terapia para pessoas com doença de Parkinson: experiências com o método Baila Parkinson. Repertório, 1(01). https://doi.org/10.9771/rr.v1i01.45646

Edição

Seção

REPERTÓRIO LIVRE