A SUBJUGAÇÃO DOS ANIMAIS NAS RELAÇÕES SOCIAIS E NAS RELAÇÕES TÉCNICAS DE PRODUÇÃO NO MODO CAPITALISTA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rbda.v20i0.64669Palavras-chave:
Acumulação; Crueldade; Senciência.Resumo
O objetivo central deste trabalho é explanar como a crueldade contra os animais de produção converge na acumulação capitalista. Construído a partir de pesquisa bibliográfica, o artigo reflete sobre a prevalência do antropocentrismo nas relações sociais de produção e sobre a subjugação especista nas relações técnicas de produção. Nesse sentido, é possível inferir que a crueldade contra os animais, no modo de produção capitalista, resulta da produção em ampla escala para a acumulação capitalista. Explana-se que a produção em ampla escala é possibilitada pela tecnologia aplicada na ampliação dos meios de produção, impulsionando a demanda exacerbada por matéria-prima (que são os animais abatidos), transformada em mercadoria no processo de produção capitalista. Sendo assim, quanto maior a demanda por matéria-prima, maior é a densidade de animais vivos no trânsito, confinados, mutilados, com hematomas, ferimentos, ossos quebrados, em sofrimento e abatidos. Portanto, a crueldade contra os animais faz parte do processo de acumulação capitalista.
Downloads
Referências
ALEKSANDROWICZ, Ana Maria C.; MINAYO, Maria Cecília de Souza. Ora os nomes estão abreviados, ora estão por extenso. Humanismo, liberdade e necessidade: compreensão dos hiatos cognitivos entre ciências da natureza e ética. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 513-526, set. 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/MfpGcsN7YyRZ8Q3gF8q8yBM/abstract/?lang=pt# acessado em: 22 de novembro de 2022.
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Trad. Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 1999.
DARWIN, Charles. A expressão das emoções no homem e nos animais. São Paulo: Companhia das letras, 2009.
FELIPE, Sônia T. Antropocentrismo, sencientismo e biocentrismo: Perspectivas éticas abolicionistas, bem-estaristas e conservadoras e o estatuto de animais não- humanos. Revista Páginas de Filosofia. [s.l.], v. 1, n. 1, jan-jul/2009. Disponível em: https://defensoresdosanimais.wordpress.com/publicacoes/artigos/antropocentrismo-sencientismo-e-biocentrismo/ Acessado em: 04/02/2024.
LUXEMBURGO, Rosa. A acumulação do capital. 2º ed. Rio de Janeiro. Zahar Editores, 1976.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política - livro I: o processo de produção do capital. 2º Ed. São Paulo: Boitempo, 2017.
SILVA, T. T. de A. Direito animal e pós-humanismo: formação e autonomia de um saber pós-humanista. Revista Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 8, n. 14, p. 161-259, dez. 2013. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/RBDA/article/view/9144. Acesso em: 24 jun. 2022.
THOMAS, Keith. O homem e o mundo natural: mudanças de atitude em relação às plantas e aos animais. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
WULF, Andrea. A invenção da natureza: a vida e as descobertas de Alexander Von Humboldt - 1.ed. - São Paulo: Planeta, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Brasileira de Direito Animal

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamentodo trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.